Psicólogo australiano sugere que alinhamos nossa moral aos hábitos alimentares.
Na selva, um leão abate sua presa sem hesitar. Mas, para muitos humanos, imaginar que animais sentem dor, prazer ou medo é suficiente para abrir mão de saborear carne. Uma pesquisa divulgada pelo Personality and Social Psychology Bulletin mostra que a maioria das pessoas que come carne reluta em acreditar que os animais tenham habilidades mentais capaz de fazê-los pensar e sofrer antes da morte.
“A negação parece uma tentativa de se justificar moralmente”, diz o psicólogo Brock Bastian, da Universidade de Queensland, na Austrália. O pesquisador e seus colegas questionaram os participantes se queriam comer fatias de carne ou de maçã depois que fizessem uma tarefa. Em seguida, pediu que descrevessem, em um texto breve, como imaginavam o ciclo de vida completo de um animal abatido e como avaliavam as faculdades mentais de um bovino. Os voluntários que escolheram comer carne depois do teste tinham ideias mais “conservadoras” sobre a mente dos animais. A maioria negou que pudessem pensar e ter sentimentos.
“A empatia, que é a capacidade de reconhecer e até mesmo experimentar as emoções dos outros, nem sempre é útil. Pessoas que vivem em sociedades que se alimentam de carne recorrem à negação para alinhar sua moral às tradições e comer sem culpa”, diz Bastian.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/animais_pensam__quem_come_carne_acha_que_nao.html
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