domingo, 27 de fevereiro de 2011
Estudo indica que telefone celular altera atividade cerebral
Um estudo americano sugere que o uso de telefones celulares por um período prolongado pode afetar o funcionamento de nossos cérebros, ainda que não haja conclusões sobre os efeitos disso na saúde.
Os cientistas dos Centros Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) notaram que, após 50 minutos de conversa no celular, havia 7% mais consumo de açúcar no cérebro nas regiões próximas à antena do aparelho. A presença de glicose é um sinal de aumento na atividade cerebral.
A pesquisa, feita com 47 pessoas e publicada no periódico Journal of the American Medical Association, é uma das primeiras a investigar os efeitos fisiológicos do celular ao observar os efeitos de seus campos magnéticos.
Os participantes do estudo ficaram com dois celulares colados a seus ouvidos, um desligado e um ligado (mas sem volume, para que eles não notassem a diferença entre cada aparelho). Durante 50 minutos, os pesquisadores monitoraram, com um scanner, a diferença nos níveis de glicose e observaram que, no lado do cérebro próximo ao telefone ligado, a presença de açúcar era maior.
Saúde
Mas o estudo não oferece nenhuma conclusão sobre possíveis riscos para a saúde contidos no uso do celular. “Esses resultados não provam potenciais efeitos cancerígenos (do celular) ou a ausência deles”, diz a pesquisa.
Um amplo estudo de 2006 sobre o mesmo tema, com 42 mil usuários de celulares na Dinamarca, tampouco obtivera evidências de relações entre o uso do celular e a incidência de câncer.
Para o professor Patrick Haggard, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, o estudo americano traz conclusões interessantes, mas lembra que “flutuações muito maiores nas taxas metabólicas do cérebro ocorrem naturalmente, por exemplo enquanto bebemos”.
“No entanto, se próximos estudos confirmarem que o sinal do celular tem um efeito direto no metabolismo, daí será importante investigar se esses efeitos terão implicações na nossa saúde”, agregou Haggard.
“Não podemos determinar a relevância clínica do estudo, mas nossos resultados mostram que o cérebro humano é sensível aos efeitos dos campos magnéticos em exposições (prolongadas)”, disse ao site especializado MedPage Today Gene-Jack Wang, um dos responsáveis pela pesquisa americana.
Mas Wang adverte que “mais estudos são necessários para avaliar se os efeitos que observamos podem ter consequências potenciais de longo prazo”.
BBC Brasil
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Temas do Neurociêncas 2011
Abaixo há uma lista prévia das aulas do "Neurociências 2011", o mais inovador curso cearense da área.
Neuroanatomia orientada à clinica e à cirurgia
Exame neurológico para o clínico – Avaliação na Emergência
Diagnóstico por Neuroimagem
Aneurismas Cerebrais
Cefaléia com enfoque para emergências
Cefaléia na prática clínica
Acidente Vascular Cerebral
Ambulatório de AVC
Traumatismo Crânio-encefálico
Trauma Raquimedular
Meningites e Infecções do Sistema Nervoso Central
Doença de Alzheimer e outras Demências
Esclerose Múltipla
Tumores Cerebrais
Tumores Hipofisários e Neurocirurgia videolaparoscópica
Convulsões e Epilepsia
Síndrome de Parkinson
O paciente pediátrico em Neurologia
Tremores e Outros Distúrbios do Movimento
Neuroquiz
Abra sua mente: descubra o Neurociências 2011
Confirmado: Neurociências 2011
Após quase 1 ano de programação e contatos, a Liga de Neurociências da UECE anuncia o primeiro curso cearense de Neurociências, o "Neurociências 2011".
Organizado em uma plataforma inovadora, o "Neurociências 2011" congrega a experiência de uma das mais ativas ligas de Neurociências do país, com ampla experiência no tripé universitário, além de integração aos mais complexos serviços médicos do estado.
Com os melhores profissionais do Ceará, muitos inclusive com projeção nacional, há um roteiro com os principais temas na área e todos voltados ao clínico geral e ao atendimento em emergências. Os temas contemplarão ainda uma abordagem básica (com tópicos de neuroanatomia e neurofisiologia) e avançada (trazendo os últimos conceitos em diagnóstico, tratamento e reabilitação).
As aulas terão uma abordagem inovadora, trazendo temas interativos e casos clínicos reais! Para coroar o último dia, haverá o NeuroQuiz, um incrível jogo de perguntas e respostas sobre os temas abordados ao longo do curso.
A partir de hoje, o NeurueceNews é parada obrigatória aos que participarão desse que promete revolucionar os conceitos de cursos de extensão no Ceará. Aqui, serão postados os preparativos e dicas ao "Neurociências 2011".
Deixe-se envolver pelos mistérios da mais perfeita das máquinas: abra sua mente com o "Neurociências 2011"
domingo, 6 de fevereiro de 2011
O cérebro se transforma quando aprendemos
Tanto a substância cinzenta quanto a branca aumentam quando adquirimos conhecimento, e isso vale para jovens e idosos
Adquirimos constantemente novas informações e aptidões. No entanto, os pesquisadores ainda sabem muito pouco sobre o que exatamente acontece durante esse processo: será que o maquinário já existente das células cerebrais é adaptado a cada situação ou unidades de processamento completamente novas são criadas e integradas? Ou seja, apenas a comunicação entre os neurônios se altera ou toda a estrutura do cérebro, o hardware neural, também se modifica durante a aprendizagem?
As células neurais funcionam como unidades processadoras de informações. Seus corpos formam a substância cinzenta, o córtex, que compõe a camada externa do cérebro. Cada neurônio pode receber sinais de outras células, transmitidos pelos pontos de contato, as sinapses, e depois encaminhados ao longo de extensões chamadas axônios. Eles ficam dentro do cérebro, ou seja, embaixo do córtex, e são chamados substância branca. Sua função é ligar os neurônios por longas distâncias, permitindo a comunicação entre diversas áreas.
A cor clara vem da camada de gordura isolante que envolve os axônios. Essa bainha de mielina acelera o encaminhamento dos sinais, contribuindo para uma comunicação rápida sem perdas de dados. O truque decisivo: a bainha mielínica é interrompida a pequena distância pelos nódulos de Ranvier; os sinais praticamente “saltam” de um nódulo para outro. Sem essas interrupções, os sinais se difundiriam mais lentamente e, em trechos mais longos, acabariam por se extinguir. O grau de mielinização, portanto, influencia a velocidade e a força dos impulsos: quanto mais grossa a camada isolante, melhor e mais rápido os dados são transmitidos.
Mas o que isso tem a ver com aprender? O aprendizado, antes de mais nada, baseia-se em uma alteração de comunicação entre as células do cérebro. Assim, é bastante plausível que a substância branca também se modifique quando aprendemos uma nova habilidade motora (como no caso do malabarismo), pelo surgimento de novos axônios ou com uma mielinização mais intensa daqueles já existentes. Dessa forma, os sinais de áreas visuais teriam condição de atingir as regiões cerebrais motoras com mais rapidez, por exemplo. Por isso, dançar, nadar, treinar lutas marciais, jogar tênis ou xadrez, praticar arvorismo ou qualquer outra atividade que mantenha o corpo e a mente em movimento favorece a capacidade neural.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/o_cerebro_se_transforma_quando_aprendemos.html
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