Estudo aponta novas possibilidades no tratamento de doenças neurológicas como Parkinson, esquizofrenia e Alzheimer.
Sem que tenhamos consciência, todos os dias nosso cérebro elabora prognósticos sobre inúmeras questões cotidianas – se conseguiremos pegar o metrô a tempo ou quem pode estar batendo à porta, por exemplo –, o que ativa aspectos específicos do mecanismo cognitivo. Um estudo recente publicado no periódico científico Journal of Cognitive Neuroscience esclareceu como ocorre esse fascinante processo cerebral, de vital importância para determinar comportamento, capaz de influenciar a capacidade de percepção e a elaboração da linguagem e da aprendizagem.
Ao submeterem alguns voluntários a um exame de ressonância magnética funcional (fRMI), os pesquisadores puderam analisar como funciona o mesencéfalo, encarregado da produção de dopamina e da sinalização de eventos imprevistos. Foi mostrado aos participantes do estudo um filme com situações cotidianas e em seguida as cenas foram bruscamente interrompidas. A tarefa era tentar “prever” o que aconteceria logo depois, enquanto a atividade cerebral dos voluntários era acompanhada. O resultado foi extraordinário: 90% das pessoas imaginavam o desfecho das cenas sem dificuldade. Em contrapartida, os que não conseguiam pareciam sofrer uma espécie de curto-circuito no fluxo da consciência. A descoberta oferece novas esperanças para a melhor compreensão de doenças neurológicas como Parkinson, esquizofrenia e Alzheimer, o que pode levar os pesquisadores a desenvolver medicamentos mais eficazes.
Nosso cérebro é capaz de prever o futuro próximo
Se você sempre invejou a capacidade de clarividência de médiuns e ciganas, pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) têm uma novidade: qualquer pessoa é capaz de prever o futuro. O motivo? Todos nós somos capazes de sugerir qual o próximo evento dentro de um determinado panorama, seguindo o que os psicólogos chamam de “corrente de consciência”.
Esta corrente, que foi a base do estudo, nada mais é do que o nosso fluxo normal de pensamentos ao observar o que está à nossa volta. O que proporciona a continuidade da corrente de consciência, no cérebro, é a dopamina. Trata-se de um neurotransmissor, ou seja, uma substância atua nas sinapses, as ligações entre neurônios.
Um cérebro saudável, segundo os pesquisadores, tem sempre uma previsão automática a um futuro próximo, com grande possibilidade de acerto. Isso não exclui totalmente, como explicam os cientistas, as chances de haver uma previsão errada, e tal chance aumenta conforme a pessoa envelhece, sofre danos cerebrais ou contrai doenças como o mal de Alzheimer.
O estudo aconteceu com um grupo de jovens voluntários, que foram colocados para assistir a pequenos trechos de vídeo enquanto eram submetidos à ressonância magnética. Em cada filme, havia uma pessoa fazendo algo previsível, como limpar o carro ou lavar roupas. No meio de cada cena, os pesquisadores paravam o vídeo e pediam para cada participante prever o que viria a seguir. Mais de 90% das previsões estavam corretas. Mas se a cena mostrada, no entanto, fosse inteiramente nova, a média de acerto de um evento futuro caía para menos de 80%.
A ressonância magnética serviu para medir a atividade cerebral de cada paciente durante o período. Os exames mostraram, no fim das contas, que a potencialidade do cérebro aumenta de forma notável quando era exigido que se adivinhasse algo que ainda não tinha acontecido. A chance de acerto, dessa forma, vem com a experiência: quando o cérebro já registrou algo parecido anteriormente, tem boas chances de avaliar o que virá a seguir.
Fontes: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/como_o_cerebro_antecipa_o_futuro.html
http://www.ogordoemagro.com/2011/09/futuro.html
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