segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Novas perspectivas de tratamento da doença de Huntington.

Descoberta de proteína aumenta chance de cura.




Um estudo da Universidade Federal Paulista (Unifesp) publicado na revista Clinical Genetics sugere que a doença de Huntington, patologia degenerativa incurável que causa contrações involuntárias na face e reduz a capacidade cognitiva, não tem origem exclusivamente neurológica. O biólogo Fernando Laad identificou uma proteína associada ao distúrbio, a huntingtina, em células não neuronais do tecido muscular cardíaco de camundongos, o que mostra que os neurônios não são as únicas estruturas prejudicadas.


A patologia é hereditária e atinge em média 1 em 20 mil brasileiros. Apesar de os principais sintomas estarem relacionados à perda de células neurais, 30% das pessoas afetadas morrem por problemas cardíacos, pois a doença degenera as fibras musculares do coração, causando hipertrofia do órgão. Segundo o cientista Antônio Coppi, diretor do Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) da Universidade de São Paulo (USP), onde Laad desenvolveu sua pesquisa, a descoberta de uma proteína relacionada à doença no coração, mais especificamente em células não neuronais, pode trazer novas perspectivas de tratamento da degeneração muscular e prolongar a vida do paciente. “Como o câncer, a doença de Huntington tem uma fase silenciosa. Identificar seus mecanismos de evolução e como ela afeta o coração pode antecipar o diagnóstico e tornar as medidas terapêuticas mais eficientes”, diz Antônio Coppi.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/novas_perspectivas_de_tratamento_da_doenca_de_huntington.html

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