domingo, 3 de abril de 2011

Placas de proteína ligada ao Alzheimer podem nascer no fígado, e não no Cérebro


Pesquisadores do Instituto Scripps,nos Estados Unidos, descobriram indícios de que as placas de proteína beta-amilóide,associadas à Doença de Alzheimer, podem se originar no fígado e migrar para o cérebro.

Cientistas alemães já haviam demonstrado que a proteína ligada ao Alzheimer pode viajar para o cérebro, a partir de outros pontos no corpo.
Recentemente especialistas divulgaram um manifesto afirmando que já é hora de uma nova teoria sobre a doença de Alzheimer, uma vez que a teoria predominante hoje, não tem produzido os resultados esperados.

No novo estudo, os cientistas usaram um modelo da doença- um animal geneticamente modificado para imitar o que ocorre no ser humano- para identificar os genes que influenciam a quantidade de amilóides que se acumulam no cérebro.
Eles descobriram 3 genes que protegem o camundongo do acumulo e da deposição da proteína no cérebro.

Para cada gene, uma menor expressão no fígado protegeu o cérebro do rato do acumulo da beta-amilóide.

"Isso poderá simplificar muito o desenvolvimento de terapias e prevenção para a doença",avalia o professor Greg Sutcliff, que liderou o estudo.
"O produto desse gene,chamado presenilina 2, faz parte de um complexo enzimático envolvido na produção da beta-amilóide patogênica", explicou Sutcliff.
"Inesperadamente,a expressão hereditária da presenilina2 foi encontrada no fígado,mas não no cérebro. Uma elevada expressão de presenilina2 no fígado,está correlacionada com um maior acumulo de beta-amilóide no cérebro e no desenvolvimento da Doença de Alzheimer",completou.

Essa descoberta sugere que concentrações significativas de beta-amilóide podem se originar no fígado, circular pelo sangue e entrar no cérebro.
Os testes em animais confirmaram a hipótese,indicando que o bloqueio da produção da beta-amilóide no fígado poderá proteger o cérebro da doença.

Fonte: Cerebro-online.blogspot.com

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