Assim como os humanos, outros primatas ficam corados quando se sentem intimidados.
As expressões de constrangimento manifestadas pelos seres humanos revelam impressionantes semelhanças com os gestos de pacificação que se observam em muitas outras espécies quando querem mostrar submissão para evitar agressões de outros animais dominantes. Desviar o olhar, mostrar o peito reclinando a cabeça, encolher-se para parecer fisicamente menor e, em muitos casos, catar pulgas ou se tocar são gestos de pacificação. Surgem quase sempre ao sentirem-se observados, o que provoca desconforto também entre os homens. Muitos primatas não humanos mostram até mesmo uma careta semelhante ao sorriso humano, e na proposta de pacificação a pele de alguns fica avermelhada.
O cientista Mark A. Changizi, estudioso da cognição, lançou a provocadora hipótese de que corar e empalidecer são fenômenos ligados ao desenvolvimento da visão das cores. A argumentação seria que o intervalo entre os três diferentes pigmentos dos cones destinados à visão da cor parece particularmente adaptado a distinguir as mudanças de tonalidade do rosto causadas pelas diferenças de fluxo sanguíneo nos capilares da face. Changizi observa também que nos primatas que têm três pigmentos em vez de dois a pele do rosto é normalmente bem lisa, deixando visíveis as mudanças de coloração.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/bichos_com_o_rabinho_entre_as_pernas.html
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