sábado, 31 de julho de 2010

Pesquisa diz que remédios para epilepsia aumentam risco de suicídio


Medicamentos tem maior propensão a causar depressão em quem toma

Medicamentos mais recentes criados para o tratamento da epilepsia - levetiracetam, topiramato e vigabatrina - associados ao maior risco de depressão entre pessoas que têm a doença, podem aumentar o risco de comportamento suicida e de automutilação, segundo pesquisa divulgada na Academia Americana de Neurologia.

Já outra classe de medicamentos também novos, mas considerados com baixo risco de causar depressão - lamotrigina, gabapentina, carbamazepina, valproato e fenitoína – não mostraram risco de causar este tipo de comportamento.

O estudo analisou um grupo de 44.300 pessoas que sofriam de epilepsia e que usavam pelo menos um tipo de remédio para conter a doença de 1989 a 2005. Os participantes foram acompanhados por uma média de cinco anos e meio. Destas, 453 contaram que já haviam machucado a si mesmas ou tentado suicídio; 78 pessoas morreram na hora ou no prazo de quatro semanas da primeira tentativa. As 453 pessoas foram comparadas com 8.962 do grupo que não tinha se prejudicado ou tentativa de suicídio.

A pesquisa constatou que as pessoas que usavam os remédios “depressivos” eram três vezes mais suscetíveis a prejudicar a si ou de tentar o suicídio do que aqueles que não estavam tomando nenhum remédio.

Um total de seis das 453 pessoas, ou 1,3%, que prejudicaram a si mesmos ou tentaram suicídio, estavam tomando os mesmos medicamentos, em comparação com 45 das 8.962 pessoas, ou 0,5 por cento, daqueles que não mostraram perfil de machucar a si mesmos.

Segundo Frank Andersohn, da Charité University Medical Center in Berlin, na Alemanha, um dos autores do estudo, no entanto, as pessoas não devem parar de uma vez ou mudar a medicação com base nas conclusões deste estudo, mas deve discutir este assunto com seu médico.

Fonte: R7.COM

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