A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma sensação incômoda, não dolorosa, dentro das pernas que provoca uma irresistível vontade de mexê-las. Algumas pessoas descrevem-na como: “coceira nos ossos”, “alfinetadas”, “insetos caminhando pelas pernas”, “pernas querendo dançar sozinhas”, “comichão”, “formigamento”, “friagem”. Seja qual for a sensação, ela vem acompanhada por essa urgência para mexer as pernas. Às vezes, pode ser nos braços.
Os sintomas pioram ou só aparecem quando o indivíduo está descansando e desaparecem com movimento. Pioram à noite, especialmente quando o indivíduo se deita. Movimentos dos pés dedos e pernas são vistos quando o indivíduo está sentado ou deitado. Essa inquietação pode ser interpretada erroneamente como nervosismo.
Os sintomas de SPI podem causar dificuldade para adormecer e permanecer dormindo. Aproximadamente 80% das pessoas com SPI têm também movimentos periódicos dos membros durante o sono (PLMS), esses “puxões” acontecem a cada 20-30 segundos durante a noite toda, causam microdespertares que interrompem o sono.
Por causa da dificuldade de dormir e manter-se no sono, as pessoas se sentem cansadas e sonolentas durante o dia, aumentando irritabilidade, inabilidade para lidar com o estresse, depressão, dificuldade para concentração e memória. Por causa da urgência em movimentar as pernas, longas viagens e atividades de lazer são quase impossíveis.
A descrição mais antiga da qual se tem conhecimento é de 1685, pelo neurologista Thomas Willis (Ver biografia anterior), que relatou os sintomas de desconforto nos membros, que interferiam no sono e os pacientes se sentiam como se estivessem numa praça de torturas – Place of Greatest Torture. Segue-se a referência de Wittmack, em 1861, que denominou o quadro clínico como “Anxietas tibiarum” e pela compulsão dos pacientes em se movimentar, em correr, mesmo debilitados, fazia parte da Hysteria. A descrição mais detalhada da SPI data de 1944, numa monografia de Ekbom.
O Grupo Internacional de Estudos da SPI determinou quatro critérios para diagnóstico da moléstia, incluindo ainda outros critérios clínicos que fazem parte do diagnóstico e da caracterização. O tratamento inclui uma série de medidas comportamentais aliadas a uso de fármacos dos grupos dos Agentes dopaminérgicos, Opióides, Benzodiazepínicos e Anticonvulsivantes.
Para um melhor estudo sobre a SPI, segue o link para direcionamento para um artigo muito esclarecedor, onde podemos inclusive entrar em contato com os critérios diagnósticos. Boa leitura.
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-2.pdf
Site para consulta: http://www.sindromedaspernasinquietas.com.br/
Fonte: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-2.pdf
http://www.sindromedaspernasinquietas.com.br/
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