sábado, 1 de maio de 2010

A associação entre o uso de meios eletrônicos e a prevalência de cefaléia em adolescentes


Autores: Milde-Busch A, von Kries R, Thomas S, Heinrich S, Straube A, Radon K.
Institute of Social Paediatrics and Adolescent Medicine, Ludwig-Maximilians-University Munich, Heiglhofstrasse 63, 81377 Munich, Germany. Astrid.Milde-Busch@med.uni-muenchen.de
Publicação: BMC Neurology, Fevereiro 2010.


JUSTIFICATIVA: A utilização de meios eletrônicos, ou seja, celulares, computadores, televisão, videogames ou ouvir música é muito comum, especialmente entre adolescentes. Há atualmente um debate sobre se o uso frequente destes meios pode ter efeitos adversos na saúde, especialmente em dores de cabeça, que estão entre as queixas de saúde mais relatadas em adolescentes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre o uso frequente da mídia eletrônica e prevalência dos diferentes tipos de dor de cabeça nos adolescentes.
MÉTODOS: Os dados foram obtidos a partir de uma amostra populacional (n = 1.025, com idades entre 13-17 anos). Tipo de dor de cabeça (ou seja, enxaqueca, cefaléia, dor de cabeça inclassificável) foi determinado por meio de questionários padronizados para indivíduos que relataram episódios de dor de cabeça pelo menos uma vez por mês durante os últimos seis meses. Duração do uso de meios eletrônicos foi avaliada durante as entrevistas pessoais. As associações foram estimadas com modelos de regressão logística ajustados para a faixa etária, sexo, condição familiar e status socioeconômica.
RESULTADOS: A maioria dos adolescentes usavam computadores (85%), assistiam à televisão (90%) ou ouviam música (90%) todos os dias. Apenas 23% dos participantes usaram seus celulares e 25% jogavam videogame diariamente. A associação estatisticamente significativa entre ouvir música e qualquer dor de cabeça foi observada. Na estratificação por tipo de dor de cabeça, não houve observação de associação significativa.
CONCLUSÕES: Além de uma associação entre ouvir música diariamente e cefaléia em geral, nenhuma associação consistente entre o uso de meios eletrônicos e diferentes tipos de cefaléia foi observada.


Artigo completo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2834664/?tool=pubmed

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