O site da Liga Brasileira de Epilepsia apresenta para os leitores um texto elucidativo que procura esclarecer, de maneira bem simples, o que é a epilepsia.
É claro que o conhecimento acerca desta doença é muito mais amplo, tanto no que diz respeito ao diagnóstico e evolução dos pacientes, mas fica aqui uma pequena definição.
O que é epilepsia?
Definição
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.
Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranqüilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.
Diagnóstico
Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.
Cura
Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.
Outros Tratamentos
Existe uma dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em crianças e deve ser muito bem orientada por um profissional competente. Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.
Recomendações
Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar uma vida estressada demais.
Crises
Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.
Alguns factores que podem desencadear crises epilépticas:
1. Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas);
2. Privação de sono;
3. Ingestão de bebidas alcoólicas;
4. Febre;
5. Ansiedade;
6. Cansaço;
7. Ingestão de algumas drogas e medicamentos.
“Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente pela sua elevada incidência, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência das suas crises, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na maioria das vezes são injustificadas” – afirma um neurologista, que também é professor da Universidade de Guadalajara, no México.
Ao contrário do que muitos pensam, a epilepsia não é incurável, existem tratamentos com medicamentos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia. Os principais medicamentos utilizados são a Fenobarbital, Fenitoína, Valproato, Carbamazepina e Depakine.
Grandes personalidades com epilepsia:
- Fiódor Dostoievski (escritor russo);
- Alexandre o Grande (rei macedónico);
- Alfred Nobel (inventor da dinamite e do prémio Nobel);
- Napoleão Bonaparte (imperador francês).
“Sim, eu tenho a doença das quedas, a qual não é vergonha para ninguém. E a doença das quedas não impede a vida.” – Fiódor Dostoievski
Fontes: http://www.epilepsia.org.br/site/epilepsia.php
http://www.epilepsia.org.br/site/epilepsia.php
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