domingo, 13 de novembro de 2011
A temida cadeira do meio.
Muitos passageiros preferem ficar em pé durante horas a acomodar-se no assento central de um banco ou de uma fileira de poltronas.
Em alguns tipos de transporte público, o assento do meio num banco de três lugares é sempre o último a ser ocupado. Certos passageiros preferem mesmo ficar de pé durante uma hora entre as portas do trem a se sentar no meio. Essa aversão singular pode ser um caso em que a segurança psicológica engana o conforto físico.
Em geral a tensão começa quando os ocupantes da janela e do corredor desencorajam o acesso à cadeira do meio ao bloqueá-la com uma pasta ou evitando olhar nos olhos de quem busca um lugar para se sentar. Muitos passageiros preferem seguir adiante a iniciar uma interação constrangedora. E, se um passageiro sentar ali, a provação continua. De acordo com Richard E. Wener, psicólogo ambiental da Universidade Politécnica do Brooklyn, nos Estados Unidos, enfrentamentos não-planejados como roçar o braço no vizinho causam ansiedade por prejudicar o senso de “previsibilidade e controle”.
A fobia tornou-se tão comum que as autoridades de trânsito americanas, ao renovar as frotas, colocam em uso apenas os vagões contendo assentos duplos, mesmo que isso signifique mais carros por trem ou mais pessoas em pé. Para reduzir o problema, Wener sugere usar modelos de encostos de braço dos aviões. “Ajuda o viajante a demarcar território”, o que favorece uma sensação de controle maior e reduz o stress.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/a_temida_cadeira_do_meio.html
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