sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Jovens que preferem música a livros são mais propensos à depressão .
Uma nova pesquisa publicada na edição de abril da revista Arquivos de Medicina Pediátrica e Adolescente aponta que jovens que passam a maior parte do tempo ouvindo música são mais propensos a desenvolver o transtorno depressivo do que aqueles que aproveitam o tempo livre para ler livros. As informações são do site Science Daily. O estudo envolveu 106 adolescentes, 46 dos quais com transtorno depressivo. Os pesquisadores acompanharam os participantes durante dois meses e pediram para relatarem se estivessem usando um dos seis tipos de mídia: jogos de videogame, filmes, música, internet, revistas ou jornais e livros. Os especialistas observaram que os jovens que escutaram música mais frequentemente tiveram 8,3 vezes mais probabilidade de ficar deprimidos. No entanto, aqueles que tiveram maior contato com a leitura apresentam até dez vezes menos chance de desenvolver o quadro depressivo. A relação dos outros meios não foi significativamente associada à doença. "Ainda não está claro se as pessoas deprimidas começam a ouvir mais música para 'escapar', ou se ouvir muita música pode levar à depressão, ou ambos. De qualquer maneira, estes resultados podem ajudar os médicos e os pais a reconhecer a relação com a doença", disse Brian Primack, professor assistente de pediatria da Faculdade de Medicina de Pitsburgo, que conduziu o estudo. "Também é importante que a leitura foi associada com uma menor probabilidade de depressão. Isso vale ressaltar, pois em geral nos Estados Unidos, a leitura de livros está diminuindo, enquanto quase todas as outras formas estão aumentando". O transtorno depressivo é a principal causa de incapacidade no mundo e seu desenvolvimento é comum na adolescência. Segundo o Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos, a doença atinge um em cada 12 adolescentes.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/1184-jovens-que-preferem-musica-a-livros-sao-mais-propensos-a-depressao.html
Expectativas interferem no efeito de remédios
Ativação de áreas cerebrais responsáveis pela dor é maior se o paciente não acredita no tratamento; o oposto ocorre ao ser administrado placebo.
Uma atitude otimista pode fazer mais do que ajudar uma pessoa a começar bem o dia – é capaz de melhorar suas condições de saúde. Uma pesquisa coordenada pela neurocientista cognitiva Irene Tracey, da Universidade de Oxford, mostrou que tanto os pensamentos radiantes como os céticos influem na forma como as drogas são assimiladas pelo organismo.
No estudo publicado na Science Translational Medicine, 22 voluntários saudáveis foram submetidos a exames de imagem por ressonância magnética funcional (fMRI) enquanto um dispositivo lhes aquecia a panturrilha direita até um nível desconfortável. Como era esperado, regiões do cérebro associadas à percepção da dor foram ativadas.
Em seguida, os participantes receberam na veia doses de remifentanil, analgésico de ação rápida, enquanto se submetiam ao mesmo aquecimento na perna. Porém, os pesquisadores os enganaram em relação à administração do analgésico. De início, os voluntários não sabiam que o tratamento tinha começado, por isso não pensaram que a dor fosse diminuir. Dez minutos depois foram informados de que a droga estava sendo administrada – e por isso pensaram que o desconforto deveria diminuir. Na sequência, os aplicadores do teste lhes disseram que tinham parado de administrar o medicamento, e os voluntários foram induzidos a acreditar que sua perna começaria a doer mais.
Após a experiência, os participantes relataram que a dor que sentiam era muito menos intensa e desagradável quando acreditavam estar recebendo o analgésico do que quando pensavam não estar, mesmo que a administração da droga não tivesse sido interrompida. Na verdade, quando eles esperaram que a dor aumentasse porque pensavam que o medicamento tinha sido suspenso, essa percepção eliminava qualquer benefício do analgésico – o desconforto era o mesmo do primeiro ensaio sem administração de analgésico. Além disso, as áreas cerebrais responsáveis pela captação de sensações dolorosas permaneciam mais ativas quando eles esperavam pelo pior, imitando a atividade cerebral durante a aplicação inicial do calor. “Os efeitos do pessimismo são provavelmente mais pronunciados em pacientes que vivenciaram anos de frustração com medicamentos ineficazes”, observa Irene. “Por isso, os profissionais da saúde não devem subestimar a influência das expectativas negativas dos pacientes, e estes também devem estar atentos, para que as baixas expectativas não agravem o sofrimento.”
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/expectativas_positivas_e_negativas_interferem_no_efeito_de_remedios.html
O bom cafezinho
Componentes da bebida agem no tronco encefálico, modificam a atividade neural de áreas corticais e talvez ajudem a evitar Parkinson.
Os efeitos da bebida mais consumida do planeta sobre a capacidade de concentração são conhecidos, na prática, por estudante e profissionais. A cafeína, o principal componente do café, age na área do tronco encefálico e promove alterações no estado de alerta, orientação espacial, tempo de reação e agilidade de locomoção, combaten3do temporariamente a fadiga e a sonolência. Os efeitos cognitivos, porém, dependem da dose ingerida e do tipo de tarefa estudada. Sabe-se que a atenção pode modificar a atividade neural de áreas corticais específicas que participam dos processos perceptivos. Isso significa que a ampliação da atenção é capaz de aumentar a resposta dos neurônios a determinados estímulos – as respostas tendem a ser mais rápidas e precisas. Em relação à memória, porém, não há dados conclusivos sobre os efeitos do café. A molécula psicoativa responsável por esse efeito é a metilxantina, da família dos alcaloides, usada em inúmeros medicamentos desde analgésicos até drogas para o tratamento da asma. Diversos estudos, entre eles os do farmacologista Alberto Ascherio, da Universidade Harvard, sugerem que o consumo regular pode reduzir também o risco de Parkinson. De fato, levantamentos epidemiológicos verificaram que a maior ingestão de café ao longo da vida está associada a menor incidência da patologia. Nos últimos anos, vem crescendo o interesse em estudos sobre as possibilidades de a cafeína proteger contra o Alzheimer.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/o_bom_cafezinho.html
Bom humor pode afetar memória, aponta estudo .
Grande parte das pessoas tem problemas em se lembrar de algo que recém escutaram. Agora, uma pesquisadora da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, descobriu que a falta de memória pode ter a ver com "estar de bom humor". O estudo conduzido por Elizabeth Martin mostra que o estado de bom humor pode diminuir a capacidade de memorizar coisas. Os pesquisadores analisaram o humor dos participantes antes e depois da exibição de um vídeo. A um grupo de voluntários foi mostrada uma apresentação de comédia, enquanto os outros assistiam a um vídeo de instruções sobre como instalar revestimentos. Após a exibição, aqueles que assistiram à comédia estavam significantemente mais bem humorados - o segundo grupo não apresentava grandes variações no humor. Ambos os grupos foram, então, submetidos a um teste de memória. Usando fones de ouvido, cada um escutava uma média de quatro números por segundo. Depois, os participantes eram perguntados sobre os últimos números que tinham ouvido. Aqueles que assistiram à comédia tiveram um desempenho bem pior do que os outros na tarefa de memorização. Apesar dos resultados, Martin afirma que estar de bom humor não é ruim. "O bom humor aumenta a capacidade de resolver problemas e outros aspectos do pensamento", ressalta. A pesquisadora acrescentou ainda que novos estudos serão feitos para analisar o impacto do humor sobre a capacidade de memorização em outros contextos, como em uma sala de aula, por
exemplo.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/1183-bom-humor-pode-afetar-memoria-aponta-estudo-.html
Cientistas descobrem cinco novos genes de risco de Alzheimer .
Cientistas identificaram cinco novos genes para o mal de Alzheimer, dobrando o número anterior de genes ligados à doença degenerativa. Os pesquisadores estudavam as causas genéticas da doença quando fizeram a descoberta. Se medicamentos ou mudanças de estilo de vida puderem ser criados para combater essas variações genéticas, mais de 60% dos casos de Alzheimer poderão ser prevenidos, segundo os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado na revista Nature Genetics no domingo. Mas essas descobertas devem demorar pelo menos 15 anos, disseram eles. O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, uma doença cerebral fatal que afeta a memória, o raciocínio, o comportamento e a capacidade de realizar afazeres comuns do dia a dia. A doença vem afetando cada vez mais as sociedades e economias de todo o mundo. "Estamos começando a juntar as peças do quebra-cabeça e a entender melhor a doença", disse Julie Williams, do Centro de Genética e Genômica Neuropsiquiátricas da Universidade de Cardiff, que liderou o estudo. "Se conseguirmos eliminar os efeitos colaterais dos tratamentos com genes, esperamos que possamos então reduzir a proporção de pessoas que contraem Alzheimer a longo prazo." Os pesquisadores afirmam que as variantes genéticas encontradas destacam as diferenças específicas em pessoas que contraem Alzheimer, incluindo variações no sistema imunológico, no modo pelo qual o cérebro lida com o colesterol e lipídios, bem como um processo chamado endocitose, que remove proteínas tóxicas do cérebro. Fardo para a sociedade A entidade Alzheimer's Disease International prevê que, conforme a população envelhece, os casos de demência dobrarão a cada 20 anos, atingindo os cerca de 66 milhões em 2030 e 115 milhões em 2050. Boa parte das vítimas se concentra em países pobres. "O interessante é que os genes que conhecemos agora - os cinco novos, além dos anteriormente identificados - estão agrupados em padrões", disse Williams em uma entrevista em Londres. Os cientistas suspeitam que os genes podem explicar de 60% a 80% do risco de Alzheimer de início tardio, o tipo que se manifesta na velhice. Para encontrar novas variantes do gene, Williams e um grupo internacional de pesquisadores analisaram dados de 25 mil pessoas portadores do mal de Alzheimer e 45 mil pessoas saudáveis que foram usados como "controles". Eles descobriram que variações comuns do gene chamadas ABCA7, EPHA1, CD33 e CD2AP e MS42A estavam relacionados a um risco maior de desenvolver a doença. "Estes cinco genes agora mostram evidência convincente de associação com o mal de Alzheimer", disse ela. Estudos anteriores sobre as últimas décadas demonstraram que as variações do gene conhecidas como CLU, PICALM, CRI, BIN1 e APOE também estão relacionadas ao risco de contrair Alzheimer.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/1182-cientistas-descobrem-cinco-novos-genes-de-risco-de-alzheimer.html
Como os neurônios da retina codificam o que vemos?
No momento em que abrimos os nossos olhos, nós percebemos o mundo com aparente facilidade. Mas a questão de como os neurônios na retina codificar o que "ver " tem sido um assunto delicado. Um obstáculo chave para entender como funciona o nosso cérebro é que seus componentes - os neurônios - respondem em maneiras altamente não-linear para estímulos complexos, fazendo com que as relações de estímulo-resposta extremamente difícil de discernir. Agora, uma equipe de físicos do Instituto Salk para Estudos Biológicos desenvolveu um quadro geral matemática que faz uso otimizado das medições limitada, trazendo-lhes um passo mais perto de decifrar o "linguagem do cérebro. " A abordagem, descrita no atual problema da Biblioteca Pública de Ciência, Biologia Computacional, revela pela primeira vez, essas informações apenas sobre os pares de padrões de estímulo temporal é transmitido ao cérebro. "Ficamos surpresos ao descobrir que as combinações de estímulos de ordem superior não foram codificados, porque eles são tão comuns em nosso ambiente natural," diz o estudo s 'líder Tatyana sharpee, Ph.D., professor assistente na Computacional Laboratório de Neurobiologia e titular da Cadeira de Desenvolvimento McLorraine Helen em Neurobiologia. "Os seres humanos são muito sensíveis a mudanças na ordem superior combinações de padrões espaciais. Achamos não ser o caso de padrões temporais. Isto destaca uma diferença fundamental nos aspectos espaciais e temporais de codificação visual. " O rosto humano é um exemplo perfeito de uma combinação de ordem superior de padrões espaciais. Todos os componentes - olhos, nariz, boca - tem muito específicas relações espaciais entre si, e nem Picasso, em seu período cubista, poderia jogar as regras completamente fora do barco. Nossos olhos ter o ambiente visual e transmitir informações sobre os componentes individuais, tais como cor, posição, forma, movimento e brilho para o cérebro. neurônios individuais na retina ficar animado por certas características e responder com um sinal elétrico, ou espiga, que é repassado para os centros visuais do cérebro, onde as informações enviadas pelos neurônios com diferentes preferências é montado e processado. Para simples eventos sensoriais - como acender uma luz, por exemplo - o brilho se correlaciona bem com a probabilidade de aumento em uma cela de luminescência sensível da retina. "No entanto, durante a última década ou assim, tornou-se aparente que os neurônios realmente codificam as informações sobre várias características ao mesmo tempo," diz a estudante de pós-graduação e primeiro autor Jeffrey D. Fitzgerald. "Até este ponto, a maioria do trabalho tem sido focado na identificação das características da célula responde," ele diz. "A questão de que tipo de informações sobre esses recursos, a célula é a codificação ter sido ignorado. As medições diretas das relações de estímulo-resposta, muitas vezes gerados formas estranhas, e as pessoas didn 't tem uma base matemática para analisá-lo. " Para superar essas limitações, Fitzgerald e seus colegas desenvolveram um modelo denominado mínimo das relações não-lineares de sistemas de processamento de informação através da maximização de uma quantidade que é conhecido como a entropia do ruído. O último descreve a incerteza sobre um neurônio 's probabilidade de pico em resposta a um estímulo. Quando Fitzgerald aplicado essa abordagem para gravações de neurônios visuais sondada com cintilação filmes, que co-autora Lawrence Sincich e Jonathan Horton, da Universidade da Califórnia, San Francisco, tinha feito, ele descobriu que, em média, as correlações de primeira ordem, responsável por 78 por cento da informação codificada, enquanto as correlações de segunda ordem, representavam mais de 92 por cento. Assim, o cérebro recebeu muito pouca informação sobre correlações que foram superiores aos de segunda ordem. "Os sistemas biológicos em todas as escalas, desde as moléculas aos ecossistemas, podem ser considerados processadores de informações que detectam eventos importantes em seu ambiente e transformá-los em informações úteis, ", diz sharpee. "Esperamos, portanto, que esta forma de " foco 'os dados, identificando maximamente informativa, relações críticas de estímulo-resposta será útil em outras áreas da biologia de sistemas. "O trabalho foi financiado em parte pelos Institutos Nacionais de Saúde , o Programa Acadêmico Searle, A Sociedade Alfred P. Sloan, o WM Keck Prêmio de Excelência da Investigação e da Thomas Ray Edwards Prémio Carreira de Desenvolvimento em Ciências Biomédicas.
Fonte: http://goo.gl/B5V6U
O Mistério da Consciência .
O que faz com que o cérebro de cada ser humano seja especial e corresponda a uma consciência individual única? Em outras palavras: como o cérebro se torna uma mente? Segundo a neurocientista inglesa Susan Greenfield, essas questões ainda são um desafio, mas já se sabe que a resposta está nas conexões entre as células cerebrais.
A pesquisadora, que tem o título de baronesa e é diretora do Royal Institution, um centro científico britânico de 207 anos, em São Paulo, a conferência “Como funciona o cérebro”, na Estação Ciência da Universidade de São Paulo.
Lady Susan, 55 anos, é professora de farmacologia na Universidade de Oxford e proprietária de três empresas de pesquisa em biotecnologia: Synaptica, BrainBoost e Neurodiagnostics.
Segundo a cientista, existem áreas do córtex cerebral relacionadas a determinadas funções, como tato, fala ou visão, mas a correspondência entre funções e regiões cerebrais não é exclusiva. “Cada região trabalha como um instrumento de uma orquestra, que atua na hora certa para combinar-se com várias outras e realizar uma função”, disse.
A função da fala, por exemplo, ativa simultaneamente diferentes regiões do córtex, variando também de acordo com a especificidade de cada ação relacionada a ela, como escutar, falar ou pensar as palavras. “O resultado total é maior do que a soma das partes. Por isso, não podemos isolar as atividades cerebrais”, disse Lady Susan.
Segundo ela, não se pode esperar que a ciência chegará um dia a influenciar características como habilidade para música ou tendências criminosas a partir da intervenção no cérebro. “O cérebro é uma primorosa combinação individual, sensível ao ambiente externo. Podemos estimular partes dele, mas não enfocar funções, que são produtos da totalidade. Ao alterar um componente, mexemos em todos os outros.”
Igualmente, não se pode esperar que haja ligação direta entre características genéticas e funções mentais – embora existam enfermidades, como a doença de Huntington, que são relacionadas a um único gene. “Mesmo nesse caso, não é tão simples”, afirmou.
A pesquisadora citou um experimento feito com ratos que possuíam o gene dessa doença degenerativa. Uma parte foi confinada em ambiente apenas com água e comida. Outra ficou num ambiente enriquecido com atividades que estimulavam a ação, como rodas-gigantes e labirintos. Os ratos no ambiente enriquecido desenvolveram a doença mais tarde e em velocidade muito mais lenta. “Isso mostra como o ambiente é determinante”, disse.
Outro fato considerável, segundo ela, é que o corpo humano tem cerca de 30 mil genes, enquanto o cérebro tem cerca de 10 milhões de conexões. “Certamente, o gene não pode ser o centro da pessoa que você é”, disse.
Consciência: uma assembléia neural
A cientista destacou que o ser humano nasce com todas as células cerebrais, mas suas conexões aumentam incrivelmente nos dois primeiros anos de vida. “Quanto maior o número de conexões, maior o repertório mental e maior a individualidade daquela pessoa. É ali que a consciência acontece.”
Cada pensamento muda as conexões cerebrais e a experiência pode aumentá-las. “Doenças como o mal de Alzheimer e a demência desmontam essas conexões e a pessoa volta a ser como criança, perdendo individualidade. Quanto mais o doente exercita a mente, mais devagar ocorre o desmonte. As drogas também agem impedindo as conexões e causando esse efeito de perda da individualidade”, arfirmou.
Lady Susan ressaltou que o cérebro humano tem apenas 25% de sua área cortical ocupada com o processamento dos sentidos, estímulos e respostas motoras – o resto é ocupado pela área do córtex pré-frontal. “Sabemos que essa área está relacionada de alguma forma ao caráter e à individualidade, mas não está claro exatamente como ela atua”, disse.
Segundo a cientista inglesa, o córtex pré-frontal, onde fica a maior parte dos neurônios, forma áreas de associação responsáveis pela integração de informações correntes com outras preexistentes, emocionais e cognitivas. “Os neurônios nas áreas de associação se agrupam em minicolunas, dispostas verticalmente em relação à espessura cortical.”
Cada uma dessas minicolunas faz conexões com suas vizinhas, em colunas que formam as unidades básicas de integração das informações. A partir delas, com a chegada de estímulos externos ou internos, os neurônios são recrutados em uma espécie de “assembléia”.
“Esta atuação em uníssono é que gera o pensamento consciente. Como estas assembléias podem se formar em qualquer uma das áreas associativas, a consciência é múltipla no espaço, embora única no tempo”, disse Lady Susan.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/146-o-misterio-da-consciencia-.html
Cochilar depois do almoço estimula a aprendizagem .
De acordo com o trabalho, uma hora de cochilo durante o dia é capaz de restaurar e até mesmo de ampliar os processos cognitivos. Por outro lado, quanto mais horas um indivíduo permanecer acordado, mais “preguiçoso” se torna o seu cérebro – perder uma noite de sono derrubaria a capacidade de armazenar novas informações em cerca de 40%.
– O sono não apenas corrige os prejuízos decorrentes de longos períodos de privação do sono, mas, em nível neurocognitivo, leva a aprendizagem para além de onde estava antes da soneca – explicou Matthew Walker, um dos autores da pesquisa.
Os pesquisadores examinaram 39 adultos jovens, divididos em dois grupos, um dos quais cochilava à tarde. Ao meio dia, todos os participantes foram submetidos a rigorosos exercícios de aprendizagem com o objetivo de estimular o hipocampo, região do cérebro que atua no armazenamento de memórias. Os resultados dos dois grupos foram equivalentes.
Às 14h, o primeiro grupo começou um período de sono médio de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Às 18h, os dois grupos foram submetidos a nova rodada de exercícios. O grupo que ficou desperto teve rendimento pior em relação à rodada anterior, enquanto que aqueles que cochilaram não apenas foram melhor como apresentaram ganhos na capacidade de aprendizagem.
Espanhóis, mexicanos e habitantes de diversos outros países costumam tirar uma boa “siesta” logo após o almoço. Mas o hábito não ajuda apenas a descansar e a fugir do calor do meio do dia. Cochilar também estimula a aprendizagem, segundo indica um novo estudo.
Segundo os pesquisadores, os resultados reforçam a hipótese de que o sono é necessário para “limpar” a memória de curto prazo, de modo a liberar espaço para novas informações. De acordo com o estudo, tais memórias são armazenadas inicialmente no hipocampo antes de serem enviadas ao córtex pré-frontal, que tem mais espaço de armazenamento.
– É como se a caixa de entrada de e-mails estivesse cheia e, até que seja limpa, por meio do sono, não será possível receber mais mensagens – disse Walker.
Segundo os autores do estudo, esse processo de atualização ocorre na fase 2 do sono não REM (sigla para “movimentos oculares rápidos”), que se encontra entre o sono profundo (não REM) e o estado em que os sonhos ocorrem (REM).
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pretendem investigar se a redução de sono experimentada à medida que as pessoas envelhecem está relacionada à diminuição na capacidade de aprendizagem com a idade.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/455-cochilar-depois-do-almoco-estimula-a-aprendizagem.html
Estudo diz que babuínos são capazes de estabelecer analogias .
Uma equipe de especialistas afirmou acreditar que os macacos babuínos são capazes de estabelecer analogias apesar de não possuírem uma linguagem, de modo que podem relacionar dois contextos diferentes, mas simbolicamente parecidos, informou nesta sexta-feira o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França. Esta nova teoria desmente a hipótese segundo a qual "apenas os seres humanos e os grandes primatas - aos quais se tenha ensinado previamente uma linguagem - são capazes de raciocinar dessa maneira". Os babuínos, pequenos macacos originários da África, seriam capazes de estabelecer uma relação entre uma gata que alimenta seu filhote e um pássaro que faz o mesmo com suas crias, segundo os autores do estudo, realizado em colaboração com a Universidade Franklin & Marshall dos Estados Unidos. No entanto, esta teoria surge a partir de um experimento menos complexo, no qual os pesquisadores incitaram 30 destes primatas a observar formas geométricas em uma tela táctil e a pressionar sobre as duplas pictóricas que representassem a mesma relação. Após milhares de testes, seis primatas conseguiram responder corretamente ao exercício, "demonstrando assim uma capacidade para resolver esse tipo de problemas", afirmaram os autores da pesquisa, publicada pela revista Psycological Science. Os cientistas destacaram, além disso, que após suspender a pesquisa um ano, os macacos voltaram a aprender as palavras de ordem mais rapidamente que da primeira vez, o que indica que "se lembravam da situação" anterior. Os pesquisadores declararam que encontrar essa competência psicológica nos macacos de menor tamanho se explica geneticamente pelo fato de poder ajudá-los a transferir conhecimentos.
Fonte: http://neurocurso.com/neuronews/1289-estudo-diz-que-babuinos-sao-capazes-de-estabelecer-analogias.html
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Bebês aprendem a contar antes do que parece
Com 18 meses os pequenos já são capazes de entender números, ainda que não saibam expressar essa aptidão.
A maioria das crianças aprende a contar a partir dos 2 anos, após observar muitos cálculos feitos pelos pais, irmãos e até mesmo personagens de desenhos educativos. Segundo um estudo do psicólogo Michael Siegal, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, porém, com aproximadamente 1 ano e meio os pequenos já conseguem relacionar quantidades a números mais baixos, mesmo que ainda não saibam se expressar. Para testar essa hipótese os pesquisadores mostraram a bebês de 18 meses um vídeo com 6 peixes nadando e outro com apenas 3. Enquanto os vídeos eram passados, uma voz contava até 6. Conforme esperado, os pequenos voluntários passaram mais tempo olhando para a sequência que mostrava a contagem correta, um indício de que eles associavam os números ouvidos à quantidade de animais na tela.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/bebes_aprendem_a_contar_antes_do_que_parece.html
Estudar música preserva habilidades cognitivas
Idosos que aprenderam a tocar instrumentos na infância se saem melhor em testes de memória, mesmo que não pratiquem há anos.
Colocar o filho em uma escola de música pode melhorar suas habilidades cognitivas na fase adulta. Essa é a conclusão do estudo da neuropsicóloga Brenda Hanna-Pladdy, da Universidade Emory, em Atlante, e sua equipe. Eles recrutaram 70 voluntários entre 60 e 83 anos e formaram dois grupos: os que aprenderam a tocar instrumentos musicais na infância – e mantiveram o hábito por dez anos ou mais – e os que não foram iniciados musicalmente. Em seguida, todos os participantes realizaram diversos testes relacionados à memória e a capacidades cognitivas. Após analisarem os resultados, os cientistas descobriram que as pessoas do primeiro grupo apresentaram pontuação significativamente mais alta do que as do segundo. Agora os pesquisadores querem entender melhor esse processo e verificar se outros aprendizados, como o de um segundo idioma, podem ajudar a preservar a saúde mental de idosos.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/estudar_musica_preserva_habilidades_cognitivas.html
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Oliver Sacks, o neurologista que romantizou a neurologia.
A Neurologia fascina não apenas por sua complexidade e por sua total influência no entendimento do comportamento humano, mas principalmente na forma como o funcionamento cerebral determina exatamente quem nós somos.
O neurologista Oliver Sacks soube mesclar o exercício da medicina com a literatura, no momento em que trouxe a sua experiência como médico para suas obras literárias e nos deu a oportunidade de conhecermos as mais diversas adaptações de casos clínicos em histórias que realmente aguçam o nosso conhecimento acerca das manifestações clínicas e do cotidiano enfrentado por muitos pacientes que sofrem diversas doenças neurológicas.
Segue abaixo uma biografia do neurologista/escritor Oliver Sacks, bem como uma pequena descrição de alguns de seus livros.
Em breve, resenhas dessas obras serão fornecidas.
O médico e escritor inglês Oliver Sacks nasceu em 1933, em Londres, filho de um casal de físicos.
Formou-se como médico na Universidade de Oxford e no início da década de 60 mudou-se para os Estados Unidos da América. Neste país estudou em regime de internato em São Francisco e, posteriormente, frequentou neurologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Em 1965, foi viver para Nova Iorque, onde se tornou professor de neurologia na Escola de Medicina Albert Einstein, professor assistente de neurologia na Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque e consultor de neurologia numa instituição de caridade.
Em 1966 começou a trabalhar, também como neurologista, no Hospital Berth Abraham, no Bronx, em Nova Iorque. Aqui lidou com um grupo de doentes, que se caracterizavam por estar décadas num estado catatónico, incapazes de fazer qualquer tipo de movimento. Constatou que esses doentes eram os sobreviventes de uma grande epidemia da doença do sono que assolou o mundo entre 1916 e 1927. Tratou-os então com um medicamento novo, o L-dopa, que permitiu que eles regressassem a uma vida normal. Este caso inspirou-o a escrever em 1973 o livro Awakenings, a sua segunda obra literária, que viria a servir de inspiração a Harold Pinter para escrever a peça de teatro A Kind of Alaska e à realizadora Penny Marshall a fazer o filme Despertares. Este filme, estreado em 1990, tinha como actores principais Robin Williams, no papel de Sacks, e Robert De Niro.
Mas ainda antes deste filme estrear, Sacks tinha-se tornado conhecido, especialmente nos Estados Unidos da América, com o livro The Man Who Mistook His Wife for a Hat (O Homem que confundiu a mulher com um chapéu). Esta obra, lançada em 1985, era uma colecção de histórias de casos verdadeiros nos limites das experiências neurológicas. Tratava-se do relato de histórias da luta de doentes com a esquizofrenia, a doença de Parkinson, a doença de Alzheimer, síndrome de Tourett, autismo, etc.
Em 1989 Oliver Sacks foi distinguido pela Fundação Guggenheim pelo seu trabalho na área por ele designada de neuroantropologia da Síndroma de Tourette, na qual os doentes têm tiques involuntários. O estudo analisa, nomeadamente, o modo como era percepcionada a doença em diferentes culturas.
Os seus livros, escritos desde 1970 e traduzidos para mais de vinte línguas, tornaram-se campeões de vendas e ganharam diversos prémios em todo o mundo, sendo utilizados em aulas nas universidades. Inspiraram também artistas de diversas áreas culturais. Mas Sacks notabilizou-se também pelos seus escritos na Imprensa, tanto generalista como especializada em medicina.
Oliver Sacks é membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras, da Academia Americana de Artes e Ciências e da Academia das Ciências de Nova Iorque.
O inglês Oliver Sacks é um neurologista com muitos pacientes para estudar e histórias para contar. O olhar de Sacks sobre seus pacientes, nos nove livros que já publicou, torna-os extremamente interessantes revelando mistérios da mente humana.
Além de um humanizado neurologista, Sacks também se revela um exímio contador de histórias. Em sua obra, a complexidade de seus casos clínicos aparece em narrativas envolventes e muito próximas do cotidiano das pessoas. Muitas vezes, os pacientes parecem ser apenas um pretexto para Sacks compartilhar com os leitores a dura fragilidade humana e os esforços empregados para a sobrevivência em meio a grandes adversidades que transformam a vida em uma realidade, muitas vezes, quase insuportável.
O caso do pintor que ficou daltônico, contado no livro Um antropólogo em Marte, é um exemplo da incrível capacidade de adaptação humana a condições adversas. Esse pintor torna-se completamente daltônico devido a um acidente de carro, deixa de viver no mundo colorido conhecido para olhar a vida nas tonalidades cinza, preta e branca. Sacks consegue transmitir as emoções causadas por essa transformação na vida de um artista que tinha na cor sua inspiração, e relata o lento processo de adaptação, nada fácil, à nova realidade.
Em A ilha dos daltônicos, o neurologista depara-se com uma situação peculiar numa ilha do Atol de Pingelap, no Pacífico. Isolados, os habitantes da ilha nasciam daltônicos e desenvolviam um tipo de vida completamente adaptado a essa condição. E, se lembrarmos de Darwin e Wallace, podemos entender ainda melhor o fascínio de Sacks pelo caso, porque a ilha foi um dos objetos do estudo que deu origem à teoria da evolução, e não dá para pensar em evolução sem pensar em adaptação, aliás, em muitas adaptações – como as dos pacientes de Sacks.
Garimpando reações e emoções na vida de seus pacientes, Sacks encontra um repertório rico para desenvolver seu viés literário. O escritor tira o avental e segue em busca de respostas mais abrangentes sobre a vida humana, incorporando à sua formação de neurologista a visão de antropólogo. Mostra que não é preciso ir longe, fazer uma grande viagem, cruzar oceanos, para descobrir um mundo sempre surpreendente, que existe dentro do "pequeno" espaço da cabeça das pessoas.
Fontes: http://www.wook.pt/authors/detail/id/5789
Cienc. Cult. vol.56 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2004
Homens e mulheres são mais criativos juntos
Equipes formadas por pessoas de sexos diferentes produzem maior quantidade de soluções inovadoras.
Igualmente criativos separadamente, quando estão reunidos, representantes dos dois sexos chegam a soluções complementares – e mais inovadoras. Pelo menos foi o que demonstrou um estudo realizado pelos psicólogos S. Schruijer e I. Mostert, pesquisadores da Universidade de Tilburg, na Holanda. Em artigo publicado no periódico científico European Journal of Work and Organizational Psychology, eles demonstram, cientificamente, que a presença equilibrada de pessoas de ambos os gêneros em grupos favorece a ética e a criatividade.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas pediram a homens e mulheres que participassem de um exercício de criatividade durante meia hora, em pequenos grupos de quatro pessoas. Havia um total de 15 equipes compostas por quatro homens, ou por quatro mulheres, ou ainda por duas pessoas de cada sexo. Os pesquisadores registraram o número de ideias geradas individualmente, as diferentes associações entre elas e os diversos ângulos dos quais os participantes do estudo lidavam com as tarefas.
Terminado o exercício, os voluntários preencheram questionários para avaliar o próprio grau de satisfação quanto à sua produção. De forma geral, todos os integrantes dos grupos mistos julgaram seu trabalho mais positivo, o que de fato foi constatado pelos psicólogos holandeses. Quando trabalham separados, homens e mulheres são igualmente criativos. Juntos, no entanto, produzem maior quantidade de ideias, ou seja, a criatividade aumenta, o que leva os pesquisadores a considerar a ideia de complementaridade, que favorece a sinergia e a descoberta de soluções mais inovadoras.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/homens_e_mulheres_sao_mais_criativos_juntos.html
A mágica de transformar um cérebro em outro
Presença de cloreto de lítio durante a fase embrionária de alguns peixes causa mudanças anatômicas.
A teoria da evolução afirma que mudanças físicas e comportamentais dos animais demoram muitas décadas – até mesmo séculos ou eras – para aparecer. Porém, cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia descobriram que é possível tornar o cérebro de um peixe similar ao de outra espécie em poucos dias.
Para chegarem a essa conclusão os pesquisadores analisaram seis espécies de ciclídeos (família de peixes fluviais) originários do lago africano Malawi: três típicos de ambientes arenosos e três de locais rochosos. Apesar de esses animais terem genoma muito parecido, o cérebro deles revela diferenças estruturais consideráveis. Na fase embrionária do primeiro grupo o tálamo é mais desenvolvido, provavelmente por ser uma estrutura responsável pela visão – sentido muito útil na procura por alimentos. Já nos ciclídeos, que vivem em rochas, o telencéfalo é mais complexo, o que garante eficiência para nadar em ambientes com obstáculos. Porém, após os pesquisadores injetarem cloreto de lítio durante as primeiras fases do desenvolvimento cerebral, os dois grupos apresentaram uma semelhança anatômica: tálamo posterior mais pronunciado. O que os estudiosos ainda não sabem é quais são os impactos que essa modificação pode causar na vida dos peixes e no equilíbrio dos ecossistemas.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_magica_de_transformar_um_cerebro_em_outro.html
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
"Solucionamos melhor os problemas que não são nossos"
Pesquisadores da Universidade de Nova York, entre eles, Evan Polman e Kyle Enick, realizaram uma série de testes e descobriram que somos mais criativos quando temos de resolver problemas dos outros. Tudo por causa da chamada distância social.
Anteriormente pesquisadores já haviam demonstrado que uma maior distancia temporal e física nos ajuda a pensar de forma mais abstrata. Assim, conseguimos solucionar mais facilmente um problema quando imaginamos confrontados por eles em um lugar distante e em um tempo futuro. Agora, Polman e Emich descobriram que a distancia social pode ter o mesmo benefício psicológico.
O estudo foi realizado com centenas de voluntários e realizado em várias etapas. Na primeira, os participantes tiveram que desenhar alienígenas para estórias que eles mesmos escreviam e para estórias dos outros.
Os desenhos mais criativos foram aqueles feitos para as tramas alheias. Em outra etapa, os cientistas testaram a distancia psicológica. Descobriu-se que é mais fácil ter idéias para completos desconhecidos do que para pessoas que tem alguma coisa em comum com você. (a mesma data de nascimento, por exemplo.)
Depois, o pessoal teve que resolver um desafio hipotético de escapar de uma torre. Os voluntários que imaginavam a si mesmos na situação, tiveram 48% de sucesso. Quando pensavam que o problema eram com os outros, a porcentagem chegou a 66%. E as soluções criadas também foram mais criativas nesse caso.
A descoberta da eficiência da distancia psicológica foi comemorada. "Saber disso é valioso não apenas para os pesquisadores em psicologia social, tomada de decisão, marketing e gestão, mas também deve ser de interesse considerável para os negociadores, gerentes, designer de produtos, marketing e anunciantes, entre muitos outros", disseram eles.
Fonte: http://cerebro-online.blogspot.com/
" Cientistas descobrem características da depressão psicótica"
Um grupo de pesquisadores coordenado pela médica Cristina Marta Del Bem, do Departamento de Neurociência e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, fizeram a correlação entre dados de neuroimagem e testes clínicos, e dão os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre Depressão Psicótica e Não Psicótica.
O estudo foi realizado com 23 voluntários com Depressão Psicótica, 25 co Depressão Não Psicótica e 29 saudáveis. Os participantes foram submetidos a exames de neuroimagem, a avaliação clínica e a testes de memória verbal e visual.
Foi observado que embora todos os participantes apresentassem o mesmo grau de depressão, os com manifestações psicóticas prestaram mais atenção às imagens negativas ou às expressões de tristeza. "Eles não percebiam estímulos positivos que já havia sido visto ou acreditavam se lembrar de imagens negativas que, na realidade não tinham sido mostradas anteriormente. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim.", ressalta Cristina. Os exames físicos mostraram que os voluntários com Depressão Psicótica apresentaram, ainda, alterações do volume cerebral, notadas principalmente pela diminuição do istmo do giro do cíngulo, uma estrutura que faz parte do sistema límbico e é responsável pelas emoções.
Segundo os estudiosos, essa redução diferencia claramente os dois casos de Depressão estudados na pesquisa. Além disso, quanto mais grave o caso psicótico, menor era a região.
Os cientistas acreditam que o trabalho possa ajudar a descobrir até que ponto a Depressão com psicose pode estar ligada à percepção distorcida de um estímulo externo. "É uma hipótese que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na forma de ver estímulos externos é, a princípio, coerente com a percepção de delírios e alucinações", reforça Cristina.
Fonte: http://cerebro-online.blogspot.com/
"Para evitar sofrimento, o cérebro manipula lembranças".
Segundo um estudo publicado pelo Journal of Experimental Psychology, lembramos experiências desagradáveis com mais intensidade se sabemos que a situação poderá se repetir.
Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, na Pensylvânia, a da Universidade de Nova York, desenvolveram 7 experimentos para avaliar como os planos das pessoas moldam suas recordações. Em um dos testes 30 voluntários foram expostos ao ruído de um aspirador de pó por 40segundos.
Em seguida os pesquisadores disseram a 20 participantes que o estudo seria repetido. Aos demais foi informado que o trabalho havia terminado.
Após essas orientações os voluntários deveriam classificar seu nível de irritação em relação ao ruído. Todos os que esperavam ouvir o barulho de novo o consideraram mais desagradável. Os outros 6 experimentos, que também envolveram estímulos incômodos, levaram os mesmos resultados.
O psicólogo comportamental Jeff galak, da Universidade Carnegie Mellon, sugere que essa forma negativa de evocar um acontecimento, seja uma maneira de amenizar o sofrimento futuro. Os pesquisadores acreditam que entender esses mecanismos pode ajudar em casos de transtorno de stress pós-traumático.
Fonte: http://cerebro-online.blogspot.com/
Decidir cansa!
Após um dia estressante é muito mais difícil tomar iniciativas, desde as simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, até as complicadas, como julgar a inocência de alguém.
Em um único dia, um juiz analisa os pedidos de liberdade condicional de três presidiários cuja ficha criminal e sentença são semelhantes. No entanto, apenas um deles é libertado. Segundo pesquisadores da Ben-Gurion University, em Israel, e da Universidade Stanford, o veredicto pode ter sido influenciado por um curioso fator: o horário da audiência. O criminoso que teve seu pedido concedido compareceu ao julgamento no início da manhã, enquanto os outros dois o fizeram no final do dia.
Em estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas Jonathan Levav e Shai Danziger acompanharam a rotina de juízes experientes por um ano. Os dois chegaram a analisar mais de 1.100 julgamentos. Em média, foi concedido um de cada três pedidos de liberdade condicional. No entanto, foram libertados cerca de 70% dos prisioneiros julgados pela manhã, contra 10% dos que receberam a sentença no fim da tarde. Segundo os pesquisadores, os réus foram ajudados ou prejudicados pela chamada “fadiga de decidir” (decision fatigue), termo cunhado pelo psicólogo Roy Baumeister, da Universidade Estadual da Flórida. Para o psicólogo, a “força de vontade” necessária para evitar recompensas imediatas depende de atividades mentais que exigem a transferência de energia. Ou seja, após um dia cansativo de trabalho é muito mais difícil tomar iniciativas mais simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, ou mais complicadas, como julgar a inocência de alguém.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/como_cansa_decidir_.html
Técnica de imageamento revela lesões cerebrais antes que surjam os sintomas
Exame identificou alterações neurais profundas em militares um ano após sofrerem trauma; recurso é capaz de explicar desenvolvimento tardio de transtornos mentais.
Pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Washington em Saint Louis descobriram que o tensor de difusão (DTI, sigla em inglês), uma variação avançada da ressonância magnética (MRI), pode detectar lesões cerebrais de forma mais eficiente que as técnicas de imageamento hoje utilizadas. O DTI identifica mudanças no padrão de movimento de moléculas de água nos tecidos cerebrais, indicando traumas. O recurso ajuda a explicar por que muitos soldados feridos na cabeça em conflitos armados apresentam sintomas de transtornos mentais e psíquicos apenas meses ou anos após sofrerem o impacto.
No estudo, conduzido entre 2008 e 2009 e publicado este ano na New England Journal of Medicine, o grupo acompanhou 63 soldados americanos com traumatismo cranioencefálico, vítimas de explosões em conflitos armados no Iraque e no Afeganistão, levados para um hospital em Landstuhl, na Alemanha. O diagnóstico é baseado em sintomas como confusão mental, perda de consciência e dores de cabeça. Os militares passaram por exames de MRI, tomografia e DTI 90 dias depois da internação e, novamente, 6 e 12 meses mais tarde. Enquanto as duas primeiras técnicas não detectaram nenhuma alteração no cérebro da maioria dos pacientes, o DTI identificou anormalidades na substância branca em duas ou mais regiões neurais de 18 voluntários. Outros 20 apresentaram mudanças em apenas uma área.
As alterações detectadas coincidiram com simulações em computador de prováveis efeitos dos impactos das explosões sobre o cérebro. Os pesquisadores pretendem continuar a acompanhar os soldados, mapeando possíveis mudanças. Segundo o neurologista David Moore, diretor do Defense and Veterans Brain Injury Center, em Washington, 15% dos militares americanos que estiveram em frentes de batalha nos últimos anos tiveram danos cerebrais leves: “As anormalidades na substância branca mapeadas pela técnica de DTI um ano depois do ferimento sugerem que as lesões podem ser extensas e estar associadas a diferentes fatores, como alterações na estrutura do cérebro, desequilíbrio químico e traumas psicológicos”.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/tecnica_de_imageamento_revela_lesoes_cerebrais_antes_que_surjam_os_sintomas.html
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Akiyoshi Kitaoka - o mestre das ilusões ópticas
Observem bem as imagens mostradas: nelas, as figuras geométricas parecem mover-se; no entanto são estáticas. Trata-se, como é evidente, de uma mera ilusão de óptica. Existem muitos tipos de ilusões de óptica como estas, mas os efeitos ocasionados por este tipo de ilusão, ondulantes ou cintilantes, chegam até a provocar tonturas e mau-estar no observador.
O responsável é o japonês Akiyoshi Kitaoka, um professor de psicologia que há vários anos se dedica a estudar este tipo de efeitos.
Akiyoshi Kitaoka é um professor de Psicologia na Faculdade de Letras, Universidade Ritsumeikan , Kyoto , Japan. Ele nasceu em Kochi, Japão. Em 1984, ele recebeu um BSc do Departamento de Biologia , Universidade de Tsukuba , Tsukuba, no Japão, onde estudou psicologia animal (burrowing comportamento em ratos) e (no Tokyo Metropolitan Institute for Neuroscience) a atividade neuronal do córtex inferotemporal em macacos.
Depois de seu PhD, em 1991, do Instituto de Psicologia da Universidade de Tsukuba, especializou-se em percepção visual e ilusões visuais geométricas, usando cor, brilho, forma, em ilusões de movimento e outros fenômenos visuais como conclusão Gestalt e transparência perceptual, baseado em um concepção moderna de Psicologia Gestalt .
Ele se tornou conhecido através de sua ilusão cobras Rotação (veja abaixo).
Em 2006, ele recebeu o Prêmio de Ouro da Arte 9 L'ORÉAL e Ciência do concurso Color.
Em 2007, ele recebeu o Prêmio de Estudos Original da Sociedade Japonesa de Psicologia Cognitiva.
Em 2008, seus projetos foram a inspiração para o aclamado pela crítica avant-garde banda Animal Collective 's álbum Merriweather Post Pavilion , que contou com uma folha coberta ilusão de ótica .
As figuras são experiências visuais destinadas a testar uma dada teoria e exploram, no fundo, as limitações da nossa visão. São essas imperfeições que nos dão a sensação de um movimento inexistente, resultado de uma "anomalia" na visão periférica em relação à percepção da luz e da cor que ocorre na maioria dos indivíduos. Todavia, nem todos conseguem ver os efeitos esperados.
Na verdade, é a movimentação dos nossos olhos que faz as figuras se movimentarem. Os cientistas que estudam os mecanismos da visão demonstraram que a movimentação ilusória ativa áreas do cérebro semelhantes às acionadas ao deslocamento real.
Fontes: http://www2.uol.com.br/vivermente/multimidia/galeria_de_ilusoes.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Akiyoshi_Kitaoka
O mito da porta de entrada
Estudo mostra que maconha pode ajudar no tratamento de dependentes de crack.
A maconha é frequentemente referida como o primeiro degrau na escalada do consumo de outras drogas: seria a porta que levaria ao uso de substâncias com grande potencial de causar dependência química, como a cocaína ou o crack. Entretanto, um estudo observacional, conduzido pelo psiquiatra Dartiu Xavier, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e publicado no Journal of Psychoactive Drugs, aponta justamente o contrário: a Cannabis pode ser realmente útil para tratar sintomas de abstinência em usuários de crack e, assim, aumentar as chances de recuperação.
O psiquiatra acompanhou 50 dependentes da droga que relataram usar cigarros de maconha para atenuar a “fissura”, ou seja, o desejo incontrolável de voltar a consumir o crack. Ele observou que 68% deles conseguiram abandonar a adição química e, posteriormente, por conta própria, deixaram de utilizar a Cannabis. Segundo Xavier, a erva deveria ser considerada como parte de uma estratégia de redução de danos, para afastar o usuário de drogas outras, potencialmente mais prejudiciais. Países como Holanda e Austrália já incluíram a Cannabis em políticas de saúde pública voltadas para dependentes de drogas.“A questão não é ser contra ou a favor. Trata-se de ampliar o conhecimento sobre as propriedades neuroquímicas dos canabinoides e sobre sua ação no cérebro, para permitir o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes”, diz Xavier, afirmando que, em anos de pesquisas, nunca identificou nenhum fator que justificasse o senso comum de que o uso recreativo de Cannabis pode, de alguma forma, impelir ao consumo de cocaína ou de outras drogas. “Quando questionados sobre a primeira substância que usaram, a grande maioria dos dependentes de crack ou cocaína cita o álcool. Da mesma maneira que muitas pessoas usam somente essa última substância ao longo da vida, muitas o fazem também com a maconha.”
É importante, todavia, esclarecer que o potencial da Cannabis como “droga de substituição” em períodos de abstinência não quer dizer que seu uso recreativo seja seguro. Os riscos são maiores na adolescência, pois o córtex pré-frontal, que compreende a memória operacional, que gerencia processos cognitivos complexos, ainda não está amadurecido e não se sabe até que ponto seu desenvolvimento pode ser prejudicado pelos princípios psicoativos da erva.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/o_mito_da_porta_de_entrada.html
Dia Mundial de Conscientização do Alzheimer
Reconhecer quando leves lapsos de memória passam a ser patologia garante qualidade de vida aos idosos.
Em 1906, no 37º Encontro de Médicos de Sanatórios do Sudoeste Alemão, um neuropatologista da clínica psiquiátrica de Munique relatou o caso de uma mulher de 55 anos que, após perda progressiva de memória, morreu com demência. O especialista, Alois Alzheimer (1864-1915), ainda não sabia como chamar a “estranha doença do córtex cerebral” que acometera a paciente. Ele não imaginava que a patologia, posteriormente batizada com seu nome, se tornaria um dos problemas mais prementes do século 21. No Brasil, acredita-se que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas tenham Alzheimer – número que deve dobrar nos próximos dez anos devido ao processo de envelhecimento populacional.
É comum os idosos terem dificuldades de lembrar determinados eventos. Se esses esquecimentos se mantêm estáveis ou pioram lentamente, os médicos os consideram sintomas normais do envelhecimento. Nesses casos, métodos de imageamento revelam pequena redução do volume cerebral e certa limitação das atividades do lobo frontal. No entanto, quando os problemas de memória e alterações anatômicas do cérebro aumentam rapidamente, é quase certo que o diagnóstico seja a doença de Alzheimer. Além de não lembrarem os acontecimentos passados, os pacientes têm dificuldades de memorizar novas informações. Os primeiros indícios geralmente revelam mais de uma função cognitiva afetada, como fala e concentração. Nos estágios mais avançados, todas elas costumam ficar comprometidas. Os exames de imagens mostram nítida diminuição do tamanho do hipocampo desses pacientes, bem como do córtex cingular posterior e do lobo temporoparietal. Na fase final da doença, as lesões comprometem também todo o córtex frontal.
Considerando o avanço crescente da patologia, em 21 de setembro de 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o Dia Mundial de Conscientização do Alzheimer. Confira algumas das atividades planejadas para celebrar a data: http://www.abraz.com.br/noticia.php?id=3
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/dia_mundial_de_conscientizacao_do_alzheimer.html
Cérebro usa áreas diferentes para julgar e punir
Decidir se alguém é culpado por algo ativa regiões relacionadas a análises lógicas; escolher castigos, porém, envolve empatia e emoção.
Para a maioria das pessoas, o senso de justiça determina que os responsáveis por crimes ou injustiças sejam castigados. Julgamento e punição, porém, não estão intimamente relacionados – pelo menos não no sistema cerebral. Segundo pesquisa recente publicada pela Neuron, a elaboração de cada um desses processos ocorre em duas áreas neurológicas distintas: uma ligada a análises lógicas e racionais e outra vinculada às emoções.
O grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições socioambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma) a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de ressonância magnética funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado – e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém, foram acionados a amígdala e o córtex cingulado, regiões normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas – o que mostra uma tendência a se identificar com a situação.
A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo do grau de empatia que o juiz sente pelo réu.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/cerebro_usa_areas_diferentes_para_julgar_e_punir.html
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Ligantes NEURUECE no XXVI Outubro Médico
O maior evento científico médico cearense servirá de campo de apresentação de pesquisas e participação da Liga de Neurociências da UECE.
Com recursos próprios, a NEURUECE está viabilizando a participação de 6 membros ligantes, que serão distribuídos em atividades expositivas.
O presidente da NEURUECE, o acadêmico João Brainer, nesta edição do Outubro Médico, é um dos responsáveis pelo módulo de Educação Médica, que contará com três momentos, sendo dois dedicados ao debate sobre o funcionamento das Ligas Acadêmicas.
O Outubro Médico é uma realização da Associação Médica Cearense, ocoreendo entre os dias 27 e 29 de outubro, em Sobral, Ceará.
Mais informações no site www.amc.med.br
NEURUECE aprova novo Estatuto
Baseada em seu princípio de funcionamento, a Liga de Neurociências da UECE dá valioso passo rumo à excelência administrativa.
Com o objetivo de agilizar seus diferentes projetos, a NEURUECE aprovou, em última reunião ordinária, mudança de estatuto com novos cargos de diretoria. Agora, a NEURUECE passa a ser gerida por 2 Diretores Gerais, 1 Diretor(a) de Ensino, 1 Diretor(a) de Estágios, 1 Diretor(a) de Extensão e 1 Diretor(a) de Pesquisa.
Para o atual presidente da NEURUECE, "o novo formato de gestão visa compartilhar responsabilidades, agilizar e acompanhar melhor todos os processos, ratificando o potencial da NEURUECE como uma das mais expressivas ligas de Neurociências do país."
A previsão da atual diretoria é que os novos diretores sejam empossados em até 15 dias, havendo período de adaptação com membros da gestão atual.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Cientistas publicam Atlas online do cérebro humano
Atlas documenta interação entre estrutura cerebral e sua bioquímica e mostra graficamente os genes trabalhando no cérebro humano
Cientistas patrocinados por Paul Allen, cofundador da Microsoft, publicaram um atlas computadorizado do cérebro humano. O projeto, de US$ 55 milhões, oferece o primeiro guia de pesquisa interativo da anatomia e dos genes que inspiram a mente.
Um projeto do Allen Institute for Brain Science (Instituto Allen para a Ciência do Cérebro), sediado em Seattle, nos Estados Unidos, o atlas online documenta a interação entre a estrutura cerebral e sua bioquímica, mostrando graficamente os genes trabalhando no cérebro humano. "Até agora, um mapa definitivo do cérebro humano neste nível de detalhamento simplesmente não existia", disse Allan Jones, executivo-chefe do instituto, que não tem fins lucrativos. "Pela primeira vez, geramos um mapa abrangente do cérebro que inclui a bioquímica oculta".
O instituto disponibilizou gratuitamente o atlas no endereço www.brain-map.org como uma fonte para cientistas que estudam doenças cerebrais, além de uma série de ferramentas de computador para ajudar a analisar os dados.
Avanços na capacidade de investigar o cérebro humano têm levado a um renascimento da neurociência nas últimas décadas. O novo atlas online é considerado significativo porque combina várias técnicas de imagem confiáveis em um arquivo tridimensional, que mapeia com precisão toda a anatomia, estrutura nervosa, características das células e uma exaustiva leitura da atividade dos genes.
"O Atlas de Allen nos diz onde o gene é ativado no cérebro e é por isso que é importante", disse o neurologista Jeffrey L. Noebels, que estuda epilepsia na Faculdade de Medicina Baylor, em Houston. "A localização onde esses genes estão ativos é o centro da compreensão de como as doenças cerebrais funcionam."
O atlas catalogou mil marcos anatômicos em cada um dos dois cérebros normais adultos, doados para pesquisa, em então ligou esses tecidos a milhares de genes que podem agir nas combinações complexas para o desenvolvimento e funções neurais normais. Cada gene foi atingido por duas ou três sondas de microarranjo para avaliar a sua atividade. O atlas abrange mais de 100 milhões de dados que medem com que força genes diferentes agem em cada marco.
Quando reuniram as imagens do cérebro e os dados genéticos, os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que, por esta medida neural, quaisquer duas pessoas são 94% parecidas. Além disso, descobriram que mais de 80% de todos os genes humanos conhecidos são ativados pelo trabalho do cérebro.
A primeira edição do atlas levou quatro anos para ficar pronta e seus rascunhos preliminares já se tornaram uma ferramenta de pesquisa para 4 mil cientistas, que o adotaram em suas investigações sobre a biologia cerebral. Ele foi construído com técnicas de computador que o Instituto Allen desenvolveu durante a criação de um atlas interativo do cérebro de um camundongo, lançado em 2006.
Cientistas descobrem maneira de mapear complexidade do cérebro
Ainda assim, o atlas do cérebro humano está longe da conclusão. Até agora, o arquivo online é exclusivamente masculino. Os pesquisadores esperam adicionar mais oito cérebros aos registros até o final do ano que vem, para descrever melhor as variações entre as pessoas. Os pesquisadores disseram que, quando concluído, os registros incluirão um ou mais cérebros femininos.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas+publicam+atlas+online+do+cerebro+humano/n1300058759791.html
Irmãos caçulas de autistas são mais propensos a ter o transtorno
Os irmãos mais novos de autistas, têm em média, quase 19% a mais de chances de desenvolver este transtorno, segundo um estudo publicado nesta segunda -feira pela revista "Pedriatics", e liderado por Sally Ozonoff, do Departamento de Psiquiatria e Ciências da Conduta do Instituto MIND, do Centro Médico Davis da Universidade da Califórnia, os riscos são significantemente maiores para as crianças que tem um ou mais irmãos autistas.
A maioria dos casos ocorre em crianças do sexo masculino. Sabe-se que há uma causa genética no desenvolvimento do Autismo, e os casos aumentaram notavelmente nas últimas décadas.
Segundo o estudo, o risco de desenvolvimento de Autismo entre os irmãos caçulas meninos, é de 26% comparado com os 9% entre as irmãs mais novas de uma criança com esse mesmo problema.
Cerca de 32% das crianças que tinham pelo menos dois irmãos mais velhos autistas também foram diagnosticadas com Autismo, comparadas com as 13,5% das quais apenas um irmão mais velho tinha o transtorno.
Fonte: Cerebro-online.blogspot.com
sábado, 10 de setembro de 2011
XXVI Outubro Médico
O XXVI Outubro Médico será realizado entre os dias 27 e 29 de outubro de 2011 na Faculdade de Medicina de Sobral - Ce.
Os trabalhos científicos devem ter seus resumos enviados até o dia 19/09/2011, seguindo as normas determinadas pela organização do evento.
As inscrições para o evento podem ser realizadas através do link encontrado no site da Associação Médica Cearense AMC, estando também no site informação acerca dos valores para inscrição, instruções de envio de resumos e relatos de caso e prazos.
O outubro Médico é uma excelente oportunidade dos profissionais e estudantes de medicina alargarem seus conhecimentos através da apresentação de trabalhos
científicos.
Segue abaixo o contato da AMC para esclarecimentos:
Secretaria Executiva-AMC
Fone:(85)3092.0401/3264.9466
amc@amc.med.br
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
"Cérebros de gagos têm funcionamento incomum."
Um novo estudo realizado na Alemanha, sugere que os cérebros de pessoas que gaguejam desde a infância têm um funcionamento diferenciado. Através de experimentos, cientistas desenvolveram uma teoria que aponta que o lado direito do cérebro de um gago realiza tarefas que normalmente são desempenhadas pelo lado esquerdo.
Isso mostra que essas pessoas tem problemas para estabelecer uma ligação com o que elas escutam e o que elas dizem. De acordo com o pesquisador e neurologista Martin Sommer, da Universidade de Goettinger, a fala de um gago pode ser comparada a uma orquestra desorganizada. "A questão não são os elementos singulares em si, não os instrumentos. A questão é como ativa-los de uma forma coordenada e "sincronizada", ele afirma.
O estudo pode prover mais informações quanto ao tratamento e a cura desse mal.
Fonte: Cerebro-online.blogspot.com
Ouvir música pode dar tanto prazer quanto comer ou usar drogas
Pesquisadores descobrem que ouvir suas canções preferidas leva o cérebro a liberar dopamina, substância responsável pela sensação de prazer.
Sendo os Beatles ou Beethoven, as pessoas gostam de música pelo mesmo motivo que elas gostam de comer, fazer sexo ou usar algumas drogas ilícitas: ouvir sua música preferida faz com que o cérebro libere uma substância química, a dopamina, responsável pela sensação de prazer, revela um novo estudo.
A substância está envolvida tanto em antecipar um momento particularmente tocante de uma música quanto em sentir sua emoção, descobriram os pesquisadores.
O trabalho mapeou o cérebro de oito voluntários enquanto eles ouviam algumas canções, para confirmar a relação da dopamina com o prazer da música, que já havia sido sugerido em um estudo anterior. A pesquisa foi apresentada na versão online da revista Nature Neuroscience. O estudo usou apenas música instrumental, mostrando que vozes não são necessárias para produzir resposta de dopamina.
Os voluntários foram escolhidos pois afirmaram sentir arrepios nas partes mais emocionantes de suas músicas preferidas. Apesar disso, o estudo mostra que as pessoas que não sentem arrepios também experimentam uma resposta de dopamina.
Trabalhos recentes mostraram que a música não é a única experiência cultural que afeta o sistema de recompensas do cérebro. Outros pesquisadores descobriram recentemente que outras artes podem ter o mesmo efeito.
Fonte: Estadão.com.br
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Crise de Enxaqueca pode Cursar com Perda de Sotaque
A Síndrome do Sotaque Estrangeiro(Foreign Accent Syndrome) é uma desordem neurológica que atinge pouquíssimas pessoas no mundo. Os dados mais recentes apontam para um número da ordem de 50 pessoas em todo mundo nos últimos 65 anos.
Sua manifestação principal é a mudança de sotaque, ocasionada geralmente por um processo enxaquecoso, derrame cerebral ou algum trauma, que danifica as regiões cerebrais relacionadas com a fala.
Os ouvintes acabam interpretando a fala do paciente como uma mudança de sotaque.
Não há uma cura para a Síndrome do Sotaque Estrangeiro.
A Síndrome foi obervada e descrita pela primeira vez pelo neurologista Monrad-Krohn no ano de 1941, durante a 2ª Guerra Mundial, quando um caso foi descrito. Uma mulher norueguesa, após os ataques aéreos sobre a cidade de Oslo, apresentou lesão no hemisfério cerebral esquerdo, cursando com hemiplegia à direita, afasia de Broca e quadro convulsional ocasionados por trauma craniano. Ela continuava falando sua língua nativa normalmente, mas agora seu sotaque era alemão.
Embora as principais causas relacionadas com a Síndrome do Sotaque Estrangeiro seja de origem traumática, enxaquecosa ou por um AVC, existem relatos de caso que associam o início dos sintomas com psicose funcional (sem a presença de uma lesão cerebral ). Esses relatos apontam ainda que a manifestação da síndrome é diminuida com o uso de antipsicóticos.
Em geral, os pacientes que sofrem dessa síndrome relatam que a perda de identidade é o principal problema enfrentado. A mudança de sotaque ocasiona transtornos no cotidiano dos pacientes, que muitas vezes mostram-se difíceis de serem superados. Muitos relatam perda de emprego, dificuldade no relacionamento com os amigos, problemas na vida afetiva. Alguns recorrem a tratamentos com fonoaudiólogos na busca da maior aproximação de seu antigo sotaque, mas sem conseguir muitos benefícios.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Iº Simpósio Cearense de Neuropsiquiatria
A Sociedade Cearense de Neurologia e Neurocirurgia - SOCENNE - realiza neste mês de setembro o Iº Simpósio Cearense de Neuropsiquiatria, evento que contará com a participação de diversos médicos que debaterão acerca de assuntos pertinentes ao tema. Segue abaixo a programação do evento, bem como diversas outras informações.
Iº Simpósio Cearense de Neuropsiquiatria
DATA: 24 DE SETEMBRO DE 2011
LOCAL: HOTEL LUZEIROS
PROGRAMAÇÃO:
MANHÃ
8h40-9h20: Demências: novos critérios e definições – Dr. Norberto Frota
9h20-10h: Exames complementares em demências – Dra. Antônia Rosilvalda
10:20h-11h: Demências não degenerativas – Dr. Glauber Ferreira
11h-11:40h: Distúrbio cognitivo vascular - Dr. Glauber Ferreira
Tarde:
13:30h-14:10h: Demência Frontotemporal – Dr. Norberto Frota
14:10-14:50h: A interface neurologia e psiquiatria – Dr. Alexandre Bastos Lima - PSIQUIATRA
15h10-15h50: Distúrbios comportamentais em demências – Dra. Antônia Rosivalda
15h50-16h30: Tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos nas demências – Dr. Alexandre Bastos Lima
INSCRIÇÕES:
A FICHA DE INSCRIÇÃO DEVE SER PREENCHIDA E ENVIADA PARA: socenne@gmail.com
NA CONFIRMAÇÃO DO RECEBIMENTO SERÁ ENVIADO O BOLETO BANCÁRIO QUE APÓS PAGAMENTO COMPROVARÁ A INSCRIÇÃO.
VALORES:
MÉDICOS: R$ 100,00
MÉDICOS RESIDENTES/PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS E ACADÊMICOS: R$ 50,00
INFORMAÇÕES:
socenne@gmail.com ou 9998-6407 (IZABEL)
"Mais da metade dos casos de Alzheimer,segundo estudo americano, pode ser evitado."
O estudo foi conduzido pela Dra.Deborah Barnes, pesquisadora de Saúde Mental da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA e traz como resultado que mais da metade de todos os casos da Doença de Alzheimer poderiam ser evitados por meio de mudancas do estilo de vida e do tratamento ou prevenção de doenças crônicas.
O estudo chamado de estudo de revisão,analisou de forma sistemática dados de pesquisa científicas realizados por inúmeros grupos de pesquisa ao redor do mundo, envolvendo no total centenas de milhares de participantes.
Barnes concluiu que,na média mundial, os principais fatores de risco para o Alzheimer que são modificáveis,em ordem decrescente de importância são:
1.Baixa escolaridade
2.Tabagismo
3.Sedentarismo
4.Depressão
5. Hipertensão na meia idade
6. Diabetes
7. Obesidade na meia idade
Juntos estes fatores de risco estão associados com 51% dos casos de Alzheimer em todo o mundo e 54% dos casos nos EUA.
"O que é entusiasmante é que isso sugere que algumas mudanças de estilo de vida muito simples,como o aumento das atividades físicas e deixar de fumar, podem ter um tremendo impacto na prevenção do Alzheimer e outras demências,nos EUA e no mundo",disse Barnes.
Os resultados do estudo foram publicados na conceituada revista The Lancet Neurology.
Fonte: Cerebro-online.blogspot.com
"Preocupação excessiva pode ter impacto sobre os relacionamentos."
A preocupação com uma coisa ou outra, todo mundo tem. Mas a preocupação pode chegar a níveis obsessivos, interferindo com a vida da pessoa e ameaçando seus relacionamentos sociais.
Essas pessoas sofrem do chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), explica Amy Przeworski, da Universidade Case Western, nos EUA.
Indivíduos com esses transtornos colocam seus relacionamentos sociais no topo da lista de preocupações.
Entretanto, os métodos que eles usam para lidar com suas preocupações podem ser destrutivas.
Em sua pesquisa, Przeworski, definiu 4 formas destas pessoas lidarem com a ansiedade: intrusivo, frio, não assertivo e explorável.
"Todos os indivíduos com esses estilos preocupam-se na mesma intensidade, de forma extrema, mas manifestam essas preocupações de forma diferente", diz a pesquisadora.
Uma pessoa pode demonstrar sua preocupação de forma intrusiva, por exemplo, querendo saber o que está acontecendo com o marido (esposa) ou com os filhos a cada cinco minutos.
A outra forma seria a pessoa manifestar sua preocupação criticando o comportamento que ela acredita serem descuidados ou imprudentes. Ou ainda, pode "não exprimir-se", afastando-se do outro.
A pesquisadora sugere que as terapias para tratar o T.A.G. devem focar tanto as próprias preocupações, quanto os respectivos problemas interpessoais.
Fonte: Cerebro-online.blogspot.com
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
A estranha síndrome do cabelo penteado
A escocesa Megan Stewart de 13 anos, sofre de uma estranha doença chamada por aqui de Síndrome do Cabelo Penteado (Hair Brushing Syndrome), que impede que ela possa pentear seus cabelos. A estranha doença é tão rara, mas tão rara que a moça é a única pessoa no mundo que não pode pentear seus cabelos, quer dizer, até pode, basta olhar pela foto.
O problema é que ela tem que escovar bem de levinho, com o cabelo molhado e deitada na cama, senão seu cérebro não aguenta a energia estática produzida e ela pode entrar em colapso e morrer.
Nascida 12 semanas antes do tempo, a prematura Megan Stewart, sofre também de outras complicações como: Problemas de visão, asma e deficiência pulmonar, hérnia diafragmática. Megan descobriu que não pode pentear os cabelos quando tinha apenas 6 anos e sofreu uma parada respiratória e foi levada para o hospital.
-"'eu estava escovando os cabelos na sala quando ela tombou e seus lábios ficaram azuis. Pensei que ela estava tendo um ataque que nunca teve antes, portanto chamei os paramédicos.
Foi realmente assustador. Ficamos realmente chocados, porque não sabíamos o que estava acontecendo.” Relata a mãe de Megan.
Fonte Dailymail.co.uk
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