quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A mágica de transformar um cérebro em outro
Presença de cloreto de lítio durante a fase embrionária de alguns peixes causa mudanças anatômicas.
A teoria da evolução afirma que mudanças físicas e comportamentais dos animais demoram muitas décadas – até mesmo séculos ou eras – para aparecer. Porém, cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia descobriram que é possível tornar o cérebro de um peixe similar ao de outra espécie em poucos dias.
Para chegarem a essa conclusão os pesquisadores analisaram seis espécies de ciclídeos (família de peixes fluviais) originários do lago africano Malawi: três típicos de ambientes arenosos e três de locais rochosos. Apesar de esses animais terem genoma muito parecido, o cérebro deles revela diferenças estruturais consideráveis. Na fase embrionária do primeiro grupo o tálamo é mais desenvolvido, provavelmente por ser uma estrutura responsável pela visão – sentido muito útil na procura por alimentos. Já nos ciclídeos, que vivem em rochas, o telencéfalo é mais complexo, o que garante eficiência para nadar em ambientes com obstáculos. Porém, após os pesquisadores injetarem cloreto de lítio durante as primeiras fases do desenvolvimento cerebral, os dois grupos apresentaram uma semelhança anatômica: tálamo posterior mais pronunciado. O que os estudiosos ainda não sabem é quais são os impactos que essa modificação pode causar na vida dos peixes e no equilíbrio dos ecossistemas.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_magica_de_transformar_um_cerebro_em_outro.html
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