sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Menor preocupação na ida ao dentista.

Conversa com profissional antes da extração de “dentes do siso” pode atenuar ansiedade e percepção de dor.



As ciências médicas evoluíram. Anestésicos, instrumentos esterilizados e vários recursos tecnológicos eram luxos impensáveis para quem precisava tratar problemas dentários há algumas décadas. Apesar dos avanços, a ida ao dentista ainda provoca arrepios em muita gente – metade dos adultos não enfrenta com tranquilidade o tratamento dentário e 10% da população sofre de medo descontrolado, denominado odontofobia.

Uma das situações que muitos consideram desconfortável e até mesmo traumática é a extração dos terceiros molares, popularmente conhecidos como “dentes do siso”, que não têm utilidade na mastigação e costumam causar dores de cabeça quando começam a se desenvolver, por volta dos 18 anos de idade. Não raro a operação é postergada até que surjam infecções na boca ou o crescimento dos molares comprometa a conformação da arcada dental. No entanto, a ansiedade e a percepção de dor podem ser atenuadas com uma única consulta psicológica antes da extração. É o que mostra uma pesquisa conduzida pela psicóloga Juliana Zanatta, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), com 123 pessoas atendidas na instituição.

Parte dos pacientes assistiu a vídeos que informavam sobre o procedimento e o pós-operatório e pôde tirar dúvidas e falar de seus receios. Todos os voluntários tiveram sua pressão e freqüência cardíaca medidas antes e depois da operação e responderam a questionários que avaliavam seu estado emocional e suas expectativas sobre a cirurgia. Como resultado, o grupo que recebeu a consulta mostrou menos dor e ansiedade. Juliana sugere que uma simples conversa entre cirurgião e paciente antes da intervenção pode reduzir em muito o desconforto. “É uma forma de tornar o procedimento mais seguro para os dois lados. Os níveis de ansiedade costumam ser altos e, em alguns casos, chegam a comprometer o atendimento odontológico”, diz a pesquisadora.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/psicologia.html

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