sábado, 14 de julho de 2012

Tabela de Escore de Risco de Framingham

O cálculo de Framingham é utilizado para determinação do risco de ocorrência de Doença Coronariana, Doença Cerebrovascular, Claudicação Intermitente e Fibrilação Atrial. Muito utilizada nos atendimentos primários da saúde, o cálculo do Framingham ajuda o paciente e o médico a estabelecerem hábitos de vida saudáveis.



Há mais de 5 décadas, uma cidade dos Estados Unidos, Framingham em Massachusetts, foi selecionada pelo governo americano para ser o local de um estudo cardiovascular. Foram inicialmente recrutados 5.209 residentes saudáveis entre 30-60 anos de idade para uma avaliação clínica e laboratorial extensiva. Desde então a cada 2-4 anos, esta população e, atualmente as gerações descendentes, é reavaliada cuidadosamente e acompanhado em relação ao desenvolvimento de doença cardíaca. O consagrado estudo de Framingham foi uma das primeiras coortes onde foi demonstrando a importância de alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardíaca e cerebrovascular.

A tabela Framingham( nome da cidade americana onde foi criada) deve sua criação ao Dr William B. Kannel, médico pioneiro em estudos do coração.
Nasceu em 1923 e veio a falecer em 2011.


Parece inconcebível, mas antes do Framingham, a maioria dos médicos acreditava que aterosclerose era um processo de envelhecimento inevitável, a hipertensão arterial um resultante fisiológico deste processo que auxiliava o coração a bombear o sangue pelas artérias com lúmen reduzido. Foram mais de 1.000 publicações somente nesta coorte de paciente e milhares de outras que nos levaram, ao longo das últimas décadas, para um entendimento detalhado e aprofundado das características individuais e ambientais relacionadas com maior probabilidade de doença cardíaca.

Estudos estes que confirmaram a importância do tabagismo, níveis elevados de colesterol LDL, baixos de HDL, diabete melito, hipertensão arterial sistêmica, história familiar, obesidade, sedentarismo, obesidade central, síndrome plurimetabólica e ingesta de álcool como fatores fortemente relacionados com aterosclerose e suas manifestações clínicas.

Estudos epidemiológico-clínicos atuais estão a procura de alterações genéticas responsáveis por hipertensão arterial e dislipidemias, entre outras condições das DNT. Novos marcadores neuro-humorais e inflamatórios têm sido descritos e parecem também estar fortemente relacionados com variáveis comportamentais, como estilo de vida e características sócio-demográficas. Estas informações têm sido utilizadas para estabelecer escores de predição clínica para identificar individualmente pessoas com maior risco para eventos. Enfim, são inúmeras as frentes de pesquisas internacionais sobre risco das DNT. O fomento a pesquisa clínico-epidemiológico no Brasil deve entender este cenário, para que dados obtidos na nossa população façam parte das descobertas.

Várias iniciativas do Ministério da Saúde têm sido adotadas para reduzir o impacto das doenças não-transmissíveis na população brasileira. Desde o rastreamento de diabete melito em nível nacional, implementação de campanhas sobre hipertensão arterial sistêmica, aplicação de protocolos para manejo agressivo da dislipidemia em coronariopatas, entre outros. Precisamos agora trazer estas iniciativas de modo permanente e continuado, e não somente para alguns por algum tempo. Devemos ser críticos e reconhecer que o que vem sendo feito não é suficiente para eliminarmos a fração de doença potencialmente previníveis. Se medidas de prevenção primária e secundária forem adotadas de modo mais enérgico, tudo indica que a epidemiologia das DNT pode ser modificada drasticamente nos próximos 50 anos, depende de nós da área da saúde.


MAIS ACERCA DO CÁLCULO DE FRAMINGHAM PODE SER CONFERIDO CLICANDO AQUI E CONFERINDO NO SITE OFICIAL DO FRAMINGHAM HEART SOBRE AS TRÊS GERAÇÕES DE PARTICIPANTES E MUITOS OUTROS DADOS.

PARA TER ACESSO A UMA TABELA DA ESCALA DE CÁLCULO DE FRAMINGHAM, O LEITOR PODE CLICAR AQUI. BONS ESTUDOS.

Fontes: http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/01/26/os-exemplos-de-framingham/
http://www.framinghamheartstudy.org/
http://www.lapacor.com.br/escore.html

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