quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Atividade sexual tem efeitos neurais diferentes em machos e fêmeas.

Ratos que acasalam têm perda de superfície neuronal que favorece as sinapses; nas ratas, ocorre o oposto.



A atividade sexual reduz tem efeitos neurais diferentes em machos e fêmeas. Em ratos, a prática de sexo reduz o número de espinhos dendríticos – pequenas protuberâncias que se projetam da dendrite de um neurônio, que facilitam as sinapses – em ratas; acontece o oposto. É o que revela artigo publicado no Journal of Neuroscience, que sugere que o mesmo pode ocorrer em outros mamíferos, como os humanos.

Em um experimento com ratos, o pesquisador Shinji Tsukahara, da Universidade Saitama, no Japão, e sua equipe compararam os cérebros de machos que nunca haviam acasalado com os de roedores sexualmente ativos. Eles descobriram que o número de espinhos dendríticos era significantemente menor no segundo grupo. Tsukahara acredita que essa redução da superfície sináptica pode estar relacionada aos hormônios sexuais liberados com a presença da fêmea.


Em outro estudo, o neurocientista Paul Micecych, da Universidade da Califórnia investigou o cérebro de fêmeas ao longo do ciclo sexual, e verificou aumento da produção do hormônio reprodutivo oestradiol a cada quatro dias. Para controlar o ciclo, removeram os ovários das ratas e injetaram o hormônio. Descobriram que o número de espinhos dendríticos no núcleo arqueado do hipotálamo, uma área do cérebro ligada ao comportamento sexual da fêmea, foi influenciado pelas quantidades de oestradiol: nos animais que receberam doses mais altas houve aumento de espinhos dendríticos. Além disso, elas se demonstraram mais receptivas aos machos que o grupo de controle. Aquelas que receberam injeções de quantidades menores do hormônio apresentaram pequena quantidade de espinhos dendríticos e responderam menos às investidas dos ratos.


O crescimento de novos espinhos dendríticos parece estar intimamente relacionado ao comportamento sexual. Pesquisar os mecanismos envolvidos nesse processo pode ajudar a criar um medicamento que ative a superfície de neurônios ligados à libido em humanos.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/atividade_sexual_tem_efeitos_neurais_diferentes_em_machos_e_femeas.html

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