terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vinho para limpar e proteger as artérias.

Ingestão moderada da bebida diminui riscos de doenças cardiovasculares.




Fim de ano é tempo de brindar. Se for com vinho – e sem exageros – especialistas garantem que a comemoração pode ser bastante saudável. No centro das explicações de como esta bebida pode prevenir doenças estão os flavonóides, substâncias que podem influenciar muitos fatores que participam na formação e na evolução da placa arteriosclerótica. Estudos epidemiológicos e experimentais apontam para o efeito do vinho na diminuição da arteriosclerose, e o mecanismo envolvido foi recentemente descoberto. Os flavonóides presentes no vinho tinto podem diminuir a produção de ET-1, um poderoso vasoconstritor endógeno, bem como aumentar a secreção de óxido nítrico, de efeito vasodilatador, pelas células endoteliais. Um segundo tipo de evidência, obtida em uma série de estudos in vitro e in vivo, mostra que os componentes polifenólicos do vinho tinto, somados ao álcool, poderiam ativamente impedir o início e a progressão da arteriosclerose. As substâncias polifenólicas do vinho geralmente são divididas em dois grupos, os flavonóides e os não-flavonóides.

Os flavonóides presentes no vinho tinto e no suco de uva promovem dilatação endotelial. Os fenóis do vinho tinto bloqueiam a produção da endotelina (ET-1), um potente vasoconstritor que induz a proliferação de células musculares lisas cuja produção é fator-chave no desenvolvimento da doença vascular aterosclerótica. Os polifenóis dos diferentes vinhos tintos diminuem a síntese e suprimem a transcrição gênica da ET-1, como observado em cultura de células endoteliais de aorta bovina. A inibição da síntese de endotelina foi diretamente correlacionada com o total de polifenóis presentes na cultura. Os vinhos branco e rosê não promoveram efeito similar.

Já a atividade antioxidante dos flavonóides se dá pelo aumento da resistência da oxidação do LDL (colesterol ruim), que é tóxica para as células endoteliais e tem papel significativo no desenvolvimento e progressão das placas arterioscleróticas. Em estudo em que foi ministrado suco de uva por 14 dias para 15 adultos com doença arterial, os pesquisadores observaram aumento de 34,5% no tempo de oxidação do LDL. Além disso, ocorreu importante aumento no fluxo sangüíneo por meio de vasodilatação.

Os flavonóides abundantes no vinho tinto e no suco de uva são a quercetina e a catecina. Além de ser um potente antioxidante, a quercetina induz relaxamento do anel aórtico in vitro. A catecina é representante da família de antioxidantes e está presente não somente no vinho tinto, mas também nos vegetais, frutas, chás e chocolates. Assim, o consumo de grande quantidade de catecina pode explicar, pelo menos em parte, o efeito protetor da dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais e vinho tinto.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/flavonoides_para_limpar_e_proteger_as_arterias.html

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