sábado, 5 de novembro de 2011

CISTICERCOSE INTRAMEDULAR - Relato de Caso

O presente artigo faz um relato de caso de paciente diagnosticada com cisticercose intramedular ao nível de vértebras cervicais, uma das formas mais raras de desenvolvimento da cisticercose. Segue abaixo um resumo do relato de caso. O artigo inteiro pode ser visualizado clicando aqui.


RELATO DO CASO



MPS, 52 anos, sexo feminino, feoderma, lavradora, encaminhada ao serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte com história de em julho-1997 ter começado a apresentar cefaléia holocraniana, de forte intensidade, associada a náuseas e vômitos, tendo sido submetida à tomografia computadorizada de crânio (TCC) que evidenciou dilatação moderada do sistema ventricular, com calcificações milimétricas nas regiões frontal, parietal e cápsula interna à esquerda, tendo sido diagnosticado neurocisticercose com hidrocefalia (Fig 1). Foi então optado pela colocação de derivação ventrículo-peritoneal (Hospital Santa Paula), com melhora do estado geral. Após três meses iniciou a apresentar diminuição de força no dimidio esquerdo, progressiva, atingindo também o dimidio direito, associada a parestesias tipo formigamento e diminuição da sensibilidade à esquerda. Ao exame físico apresentava-se com tetraparesia desproporcional, maior à esquerda, no membro inferior esquerdo, grau I, com tetra-hiperreflexia, sem sinal de Hoffman, com sinal de Babinski à esquerda. Sem alteração de sensibilidade. À ressonância nuclear magnética (RNM) da medula evidenciou-se lesão hipointensa em região cervical alta (C4-C5), intramedular.

Foi submetida a hemilaminectomia esquerda, em C3-T1, para exérese da lesão, intramedular, ao nível de C4-C5, que apresentava consistência amolecida e membrana translúcida, característica de cisticerco. O estudo histológico confirmou tratar-se de cisticerco.

No pós-operatório, a paciente evoluiu bem com melhora discreta dos déficits motores e das parestesias. Após um ano da cirurgia, a paciente apresentava melhora significativa da força, apesar de ainda manter discreta tetraparesia espástica.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X1999000200023&script=sci_arttext

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