quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ansiedade afeta percepção de ameaça.

Pesquisa revela que pessoas muito preocupadas permanecem em um estado de estresse crônico e têm maio­res chances de descartar estímulos que representam perigos reais.


A tensão causada pela ansieda­de está longe de ser um sinal de hipervigilância e de maior sen­sibilidade a possíveis ameaças. Pelo menos é o que revela uma pesquisa divulgada pela Biologi­cal Psychology. O psicólogo Tahl Frenkel, da Universidade de Tel Aviv, pediu a 17 universitários que manifestavam sintomas de transtorno de ansiedade e a ou­tros 22, sem sinais do distúrbio, que identificassem medo em uma série de rostos cada vez mais assustados.

Como esperado, pessoas do primeiro grupo de­tectaram a emoção antes que as do segundo. A surpresa veio, no entanto, quando os pesquisado­res analisaram imagens neurais dos voluntários, captadas duran­te o experimento. O cérebro dos ansiosos não reagiu a expressões sutis de medo, apenas às óbvias. A atividade cerebral dos mais calmos manifestou-se diante de imagens mais neutras e aumen­tou à medida que a expressão de pavor se tornava mais nítida – embora sua resposta compor­tamental tenha sido mais lenta, a atividade cerebral sugere que o segundo grupo captou diferenças sutis mais rapidamente.

O resultado mostra que os pre­ocupados estão mais vulneráveis a ignorar possíveis ameaças – o que desafia a hipótese, aceita por mui­tos, de que indivíduos ansiosos são hipervigilantes. Frenkel acre­dita que pessoas excessivamente preocupadas permanecem em um estado de estresse crônico, ou seja, por considerarem uma enorme quantidade de estímulos como ameaçadores, têm maio­res chances de descartar os que apresentam perigo real. Segundo Frenkel, nosso “mecanismo de aviso subconsciente” é prejudica­do pela ansiedade.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/ansiedade_afeta_percepcao_de_ameaca.html

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