A hipomania é um dos componentes da ciclotimia, uma condição psiquiátrica caracterizada por flutuações do humor. A hipomania é um estado difuso de bem estar e sensação de energia mais elevada que a média. Nessa fase um paciente não procura um médico pois sente-se muito bem e feliz.
Pessoas tidas como perfeitamente saudáveis podem apresentar uma tendência maior do que a média à alegria, ao bem-estar e à elevada produtividade. Traduzimos, abaixo, um artigo do New York Times, de 11 de dezembro de 2005, sobre a possibilidade de que os americanos devam o seu sucesso econômico e intelectual a uma forma genética de hipomania; é uma teoria interessante:
Durante séculos, os estudiosos têm tentado explicar as peculiariades de caráter dos Norte-Americanos: seriam elas fruto das experiências do "velho-oeste", a herança do protestantismo, ou o resultado da ausência do feudalismo? Para aquecer ainda mais esse debate, em 2005 dois professores de psiquiatria publicaram livros atribuindo as características únicas dos americanos a uma causa biológica: o DNA.
Peter C. Whybrow da U.C.L.A. e John D. Gartner da Johns Hopkins University Medical School defendem a tese de que existe um genótipo específico dos imigrantes, nos seus livros, que são, respectivamente, "American Mania" e "The Hypomanic Edge." Mesmo quando os tempos são difíceis, diz Whybrow, a maioria das pessoas não deixa o seu país de origem. Os 2 por cento, aproximadamente, que o fazem, acabam se tornando um grupo auto-selecionado. O que os distingue das outras pessoas, ele sugere, poderia ser a composição genética do seu sistema dopaminérgico- o sistema cerebral que tem papel de destaque na gênese de comportamentos arrojados e na busca por novidades.
As variações genéticas que fazem com que os neurônios entrem em atividade nos circuitos dopaminérgicos parecem ter sido muito prevalentes entre as famílias que, ao longo de gerações, caminharam mais longe, pelo estreito de Bering, da Ásia até às Américas, 10.000 a 20.000 anos atrás. Essa composição genética, de acordo com Whybrow, também pode estar presente nos 98 por cento de americanos que nasceram em outros países ou cujas famílias vieram para os Estados Unidos nos últimos 3 séculos. Se essa composição genética específica existe em imigrantes de todas as origens, o importante não é de onde vem o americano, mas o simples fato dele ter vindo.
Isso também se aplica ao brasileiro? Esta é uma questão em aberto, mas provavelmente o mesmo raciocínio é válido com relação aos nossos antepassados. Talvez essa seja a origem da legendária alegria do povo brasileiro, mesmo frente às adversidades!
O texto original pode ser conferido clicando aqui.
Fontes: http://sadato.hypermart.net/weblog/2005/12/
http://www.nytimes.com/2005/12/11/magazine/11ideas_section2-7.html?_r=1&ei=5088&en=5327eccc37ee9397&ex=1291957200&adxnnl=1&partner=rssnyt&emc=rss&adxnnlx=1134377283-nHqNLI1xVU1gnJKryW3IWQ
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