Estudos mostram o que acontece no cérebro durante o orgasmo; diversas áreas são desativadas, tal como disjuntores que se desacoplam devido a sobrecarga elétrica.
Ela sabia que o local era pouco apropriado. Além disso, não costumava ter emoções que a deixassem fora de controle. Mas não havia como evitar a paixão à primeira vista, a vontade de transgredir, de se atirar nos braços do primo que, como ela, viera se despedir do tio falecido. “Isso só pode ter sido coisa daquele adesivo”, disse Marianne ao entrevistador, que pacientemente preenchia um questionário.
Marianne é uma das participantes de um estudo realizado em 52 centros de pesquisa nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Todas elas manifestavam a síndrome do desejo hipoativo, condição em que a libido simplesmente desaparece da vida da mulher. Essas mulheres haviam sido submetidas à cirurgia que remove ovários e trompas. Outra condição para que elas participassem do estudo era a de que o desejo sexual estivesse presente antes da cirurgia. Na tentativa de restaurá-lo, elas foram tratadas com um adesivo à base de testosterona. Como em todo estudo científico, metade do grupo recebeu um adesivo sem valor terapêutico, o conhecido placebo.
Depois de 12 semanas, Marianne se sentia outra mulher. O desejo sexual voltou na forma de discretas fantasias, depois na descoberta das sensações eróticas por meio do próprio toque, até que ela pôde entregar-se ao marido novamente e, pela primeira vez depois de quase três anos, desfrutar um orgasmo.
A pontuação que comparava sua condição antes e depois do uso do adesivo mostrava 100% de melhora. O que é mais estranho, paradoxal e inexplicável é o fato de Marianne ter sido incluída no grupo de mulheres que recebeu placebo, não testosterona. Vale ressaltar que a pontuação daquelas do grupo tratado com o hormônio masculino mostrou melhora de 250%. Para Marianne, o importante era ter sua vida sexual de volta; estatística à parte, era isso que bastava.
CEREBELO E ÁREA TEGMENTAL VENTRAL do hipotálamo apresentam intensa ativação durante o orgasmo masculino. Nas mulheres, o córtex cingular parece estar envolvido no orgasmo não-clitoridiano
O médico James Simon, professor de ginecologia e obstetrícia da Universidade George Washington em Washington, foi quem coordenou a pesquisa, financiada pela empresa Proctor and Gamble, à época fabricante do adesivo com 300 microgramas de testosterona para aplicação no abdome. Na avaliação de Simon a melhora obtida nas pacientes que receberam placebo era consistente com a observada em outros estudos similares e poderia ser explicada pelo fato de as participantes provavelmente terem trocado experiências entre si ao longo do experimento. A resposta do grupo testosterona, no entanto, foi significativamente maior que no grupo placebo, garante o pesquisador.
PRÉ-EXCITAÇÃO
Seja como for, como explicar a recomposição da vida sexual de uma mulher cujo desejo desaparecera após a remoção dos seus ovários e que apenas se julgava tratada com um medicamento? “Está tudo na cabeça” foi o que se leu em muitos blogs que comentaram o resultado dessa pesquisa. E, no fundo, é verdade. Excitação e orgasmo são manifestações elaboradas na intimidade do sistema nervoso, que está estrategicamente conectado às glândulas sexuais e à genitália através de nervos, hormônios, neuropeptídeos e neurotransmissores. A função do cérebro é interagir com o ambiente, receber e modular informações provenientes do interior do organismo e ajustar os desejos da mente (onde há tesouros inimagináveis) com os recursos fisiológicos disponíveis.
Embora saibamos pouco sobre como o orgasmo realmente funciona, o conhecimento nessa área cresceu muito desde os anos 20 e 30, quando hormônios sexuais como o estrogênio e a testosterona foram identificados pela primeira vez; e desde os anos 40, quando o biólogo americano Alfred Kinsey realizou os primeiros estudos sobre a sexualidade humana, que foram seguidos, na década de 60, pelos do ginecologista William Masters e da psicóloga Virginia Johnson. Esses pioneiros são responsáveis por uma nova compreensão do orgasmo, entendido como a progressão linear de diversos estágios de reações mentais e corporais. Tudo começa pela excitação que, no homem corresponde ao maior influxo de sangue no pênis e, na mulher, ao aumento do volume do clitóris, o ingurgitamento e umidificação da vulva e da vagina, progredindo até o orgasmo e culminando com a fase de resolução, em que os tecidos retornam ao estado de pré-excitação.
PROGRESSÃO CIRCULAR
Nos anos 70, a psiquiatra Helen Singer Kaplan, do Programa de Sexualidade Humana do New York Weill Medical Center, defendeu algo que hoje parece óbvio: a excitação sexual deve ser precedida de desejo. No final dos anos 80, a ginecologista Rosemary Basson, da Universidade da Colúmbia Britânica, questionou o modelo de progressão linear defendido por Masters e Johnson. Para ela, o ciclo sexual é circular, e o desejo pode tanto preceder a estimulação genital como ser desencadeado por ela. Da mesma forma, a satisfação poderia ocorrer em qualquer um desses estágios e o orgasmo não seria um objetivo em si.
O FILME Kinsey – Vamos falar de sexo (2005) retrata a história do biólogo que chocou a sociedade americana com seus estudos sobre sexualidade
Afinal, o que é o orgasmo? Para Kinsey, trata-se de uma descarga explosiva de tensões neuromusculares no ápice da experiência sexual. Para o psicólogo Barry Komisaruk, o endocrinologista Carlos Beyer-Flores e a sexóloga Beverly Whipple, autores de The science of orgasm (The Johns Hopkins University Press, 2006), ainda não traduzido no Brasil, o orgasmo é a excitação em sua manifestação máxima, gerada pela soma gradual de estímulos provenientes dos receptores somáticos e viscerais, alimentada por complexos processos cognitivos e emocionais.
Para o psicólogo Kent Berridge, da Universidade de Michigan, o prazer sexual pode ser descrito como uma camada de “brilho” aplicada sobre a sensação, assim como o brilho aplicado sobre o batom nos lábios. Do ponto de vista neural, o prazer seria representado por circuitos cerebrais do sistema límbico que se somam ao processamento das sensações básicas. Assim, o ponto de partida para o orgasmo é o estímulo; o resto é brilho. Brilho esse que é processado de maneira distinta entre homens e mulheres.
O homem tem clara preferência pelos estímulos visual e tátil. Daí o sucesso de revistas como Playboy, a bilionária indústria pornográfica, a masturbação freqüente, a facilidade e a rapidez para chegar ao clímax e, pasmem, a capacidade de chegar ao orgasmo dentro de um equipamento de tomografia por emissão de pósitrons (PET), como o do neurocientista Gert Holstege, da Universidade de Gröningen, Holanda.
Holstege conseguiu imagens impressionantes do que acontece dentro do cérebro masculino no momento da ejaculação e do orgasmo. Primeiramente, uma extraordinária ativação da zona de junção entre mesencéfalo e diencéfalo, onde fica a área tegmental ventral. A intensidade dessa ativação é comparável à da causada pela heroína.
MOSAICO ROMANO COM CENA ERÓTICA . REPRODUÇÃO
ÍNTIMA COOPERAÇÃO entre neurônios e glândulas endócrinas não tem outro objetivo que não a procriação; busca do orgasmo está presente em todas as culturas
À medida que o orgasmo se aproxima, observam-se graus variados de desativação de várias zonas cerebrais, mas especialmente na amígdala, estrutura reconhecida pela eterna vigilância dos estímulos que chegam do ambiente. Outras áreas como córtex, regiões diencefálicas e núcleos da base vão sendo desativadas tal como disjuntores que se desacoplam em situações de sobrecarga elétrica. Outro aspecto surpreendente é a ativação da porção anterior do cerebelo, fenômeno que está longe de ser compreendido (ver quadro na pág. ao lado). Mais recentemente vem se atribuindo aos circuitos cerebelares um papel proeminente no processamento das emoções.
O neurologista Jeremy Schmahmann, da Universidade Harvard, avalia que as emoções ativam subcircuitos cerebelares que memorizam o “timing” para a execução de determinado programa cerebral. Assim como o cerebelo acompanha o andamento dos movimentos esperados numa ação, acredita-se que ele também possa avaliar, prevenir e corrigir a interação emocional com o exterior de acordo com o que foi planejado.
AMÍGDALA SILENCIADA
O orgasmo masculino depende essencialmente do pênis. As informações neurais originadas nessa parte do corpo, enviadas ao sistema nervoso central e processadas nos núcleos e conexões apropriadas formam a base do orgasmo masculino. Com a vigilância da amígdala suprimida, o cerebelo cuida do andamento dos movimentos corporais e das emoções experimentadas. Um orgasmo de grande intensidade pode ser obtido pelo homem em cerca de dois minutos após o início da penetração. Já na mulher, um orgasmo de intensidade comparável só é atingido depois de 12 minutos, em média. Os estudos sobre o orgasmo feminino que usaram técnicas de imageamento cerebral ainda são poucos, mas já evidenciaram algumas semelhanças e divergências em relação ao homem. Ao que parece, na mulher o estímulo inicial pode assumir várias formas. A urologista Jennifer Bermnan, do Centro de Medicina Sexual Feminina da Universidade da Califórnia em Los Angeles diz que “as mulheres experimentam o desejo como resultado do contexto em que estão inseridas – se estão confortáveis em relação a si mesmas e em relação ao parceiro, se estão seguras e se percebem uma ligação verdadeira com o parceiro”.
No entanto, estudo coordenado pela psicóloga Meredith Chivers, da Universidade de Toronto, concluiu que as mulheres também respondem com excitação aos estímulos visuais. Em conferência apresentada ao Instituto Kinsey, na Universidade de Indiana, em Bloomignton, Chivers demonstrou que homens heterossexuais respondem com excitação (medida subjetivamente por meio de questionário e objetivamente com o rigiscan, que mede a rigidez do pênis) a cenas onde aparecem mulheres. Homens homossexuais ficam excitados quando há cenas com outros homens. Nesse estudo, entretanto, as mulheres se excitaram (com maior ou menor percepção consciente) em resposta a uma ampla variedade de estímulos visuais que incluíam imagens de homens, mulheres e até mesmo chimpanzés bonobos, conhecidos pela forma afetiva com que se relacionam.
TAL COMO OS HOMENS, as mulheres são capazes de se excitar com estímulos visuais
“No momento do orgasmo, a mulher não percebe sentimentos”, disse Gert Holstege para uma atônita platéia do congresso da Sociedade Européia para Reprodução e Desenvolvimento Humano, em 2006. O neurocientista se referia a um estudo em que 12 mulheres concordaram em participar de uma sessão de PET enquanto seus parceiros as conduziam até o orgasmo por meio da estimulação do clitóris. Os resultados não foram muito diferentes dos observados nos homens. O início da excitação é marcado por uma intensa atividade no córtex sensorial primário de ambos os hemisférios. O fenômeno sinaliza a chegada de sinais somáticos originados no clitóris. Depois a atividade elétrica do córtex, das zonas subcorticais e do hipocampo começa a diminuir. O mesmo ocorre na amígdala, área raramente silenciada, bem como na zona orbitofrontal esquerda. Essas desativações permitem que a mulher entre num estado de desinibição que não tem paralelo com nenhum outro estado biológico.
No momento do orgasmo, a atividade neural praticamente silencia em todas as outras áreas do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal, sede do planejamento e, principalmente, da seqüência das ações. Como no homem, persistem as ativações do cerebelo e da área tegmental ventral. Trata-se de uma conspiração neuronal voltada ao prazer. “Medo e ansiedade precisam ser evitados a todo custo se a mulher deseja ter orgasmo; sabíamos disso, mas agora podemos vê-lo acontecendo nas profundezas do cérebro”, disse Holstege.
Acionamento da região da recompensa do prazer, silenciamento do intelecto e das emoções e supressão do medo para que o indivíduo possa ser remetido a um estado dissociado da condição cognitivo-afetiva típica. Se o orgasmo parecia algo simples para os dois sexos, o assunto tornou-se polêmico porque algo parece acontecer de maneira diferente nesse momento dentro do cérebro da mulher.
Barry Komisurak e Beverly Whipple demonstraram que mulheres com tetraplegia resultante de lesão medular são capazes de ter orgasmo, embora não tenham sensibilidade somática alguma no tórax, abdômen, membros inferiores e genitais. Nelas o orgasmo foi causado pela estimulação da vagina e do cérvix uterino. A sensação orgásmica foi avaliada tanto subjetivamente pelas pacientes como por marcadores corporais e por ressonância magnética funcional cerebral.
HOLSTEGE G.ET AL.JOURNAL OF NEUROSCIENCE, 23 (27): 9185-9193, 2003
IMAGENS DO PRAZER MASCULINO Imagens obtidas com tomografia por emissão de pósitron do cérebro masculino no momento da ejaculação. A ilustração indica a direção dos cortes, feitos de forma oblíqua na região do cerebelo e tronco cerebral . As imagens de a a h mostram ativação cerebelar um pouco mais pronunciada no hemisfério esquerdo. Na parte de baixo, as imagens de a a c revelam desativação da amígdala durante o orgasmo
PONTO G
Trata-se do orgasmo que as mulheres chamam de “profundo” e os pesquisadores, de não-clitoridiano. Observações mais antigas, na época em que não havia imageamento cerebral, indicavam que o orgasmo vaginal era resultado da estimulação do chamado ponto G pelo pênis. A sensação é descrita como um profundo êxtase, diferente do clitoridiano, e que gera sensação de intenso bem-estar e de permanecer ligada ao parceiro. Segundo Komisurak e Whipple, o orgasmo vaginal ativa duas áreas específicas: a região ventral do córtex cingular anterior e o córtex insular. Ora, o que fazem essas regiões ativadas quando a regra é a desativação?
A antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers em Nova Jersey, tem investigado há alguns anos o lugar que o amor romântico ocupa dentro do cérebro. Sua principal conclusão é a de que os córtices insular e cingular anterior são ativados em fases avançadas da relação amorosa. Outros pesquisadores encontraram evidência de que a região central do córtex cingular anterior tem papel fundamental na transformação de emoções em memórias afetivas duradouras.
Assim, é possível que esse mecanismo esteja por trás da entrega ao parceiro que a conduz ao orgasmo integral. Muitas mulheres se queixam da ausência de sentimentos nos homens. Além de o excesso do hormônio prolactina pós-orgasmo os deixar sonolentos, é possível que eles tenham uma dificuldade inata de se entregar à parceira nesse momento porque, para eles, sexo é uma extraordinária e intensa viagem de prazer na direção do orgasmo, para si e para a parceira. A mulher, por outro lado, valoriza a ligação durante a relação; nelas as sensações de prazer são estabilizadas no cíngulo e na ínsula como elos de um vínculo duradouro com aquele que é capaz de conduzi-la a orgasmos de grande intensidade.
A ativação dos córtices insular e cingular anterior e do núcleo paraventricular foi observada como precursora da produção de oxitocina no hipotálamo e sua conseqüente liberação pela hipófise posterior. Esse hormônio é responsável pela sensação de prazer quando a mãe tem o seu bebê, mas também quando o pai segura o seu filho nos braços. Vários especialistas o denominam hormônio do amor. Assim como a prolactina, a concentração de oxitocina aumenta 400% depois do orgasmo.
CÓRTEX INSULAR(em vermelho), assim como o cingular, parecem ser ativados em fases avançadas da relação amorosa
PRISÃO DOMÉSTICA
Em homens e mulheres, sexo e orgasmo parecem ser, afinal, uma aventura química do cérebro na qual a testosterona é a substância básica; se ela vai embora, a libido vai junto. No livro Sexo no cativeiro (Objetiva, 2007), a psicóloga Esther Perel analisa como a vida sexual do casal pode desmoronar quando a ligação amorosa se torna politicamente correta, porém demasiadamente domesticada. A autora observa que a propensão cultural à igualdade, à camaradagem e à franqueza pode ser a negação do desejo erótico em ambos os sexos, transformando muitas vezes o reino doméstico numa prisão. Será essa condição decorrente da diminuição de hormônios sexuais sinalizadores do desejo ou vice-versa?
No extremo oposto, há os que discordam que o orgasmo seja um instrumento para a saúde mental do indivíduo ou para a harmonia do casal. No livro Peace between the sheets (Frog, 2003), sem tradução para o português, a terapeuta de casais Marnia Robinson defende que a jornada rumo ao orgasmo nos faz prisioneiros da dopamina, o neurotransmissor responsável pelos centros neurais de recompensa e prazer. De fato, imediatamente depois do orgasmo temos a imediata supressão da liberação de dopamina. O responsável por esse efeito é a prolactina, um hormônio que inibe a transmissão dopaminérgica e cuja secreção máxima acontece após o clímax. A dopamina está por trás da dependência do jogo, do álcool e de outras drogas. Na visão de Robinson, os parceiros devem se unir mutuamente no prazer, sem que a relação sexual seja necessariamente coroada com o orgasmo. Ainda assim, o êxtase é a sensação buscada por milhões de homens e mulheres de todas as culturas. E não seria exagerado dizer que a íntima cooperação entre neurônios e glândulas sexuais não tenha outro objetivo que não o orgasmo e a procriação.
Segundo o psicólogo Jim Pfaus, da Universidade Concórdia, em Montreal, há uma complexa relação entre testosterona e estrogênio. “Dê estrógeno a uma mulher com pouco desejo e ele não será restaurado. Dê a ela testosterona, e o desejo voltará parcialmente. Dê a ela estrógeno e testosterona, e o desejo voltará com força vulcânica.” Uma teoria em voga é a do chamado mecanismo diversionista. A testosterona se liga a proteínas circulantes que via de regra atraem moléculas de estrogênio; dessa forma, a testosterona é levada ao fígado para ser convertida em outros produtos e o estrógeno fica livre para interagir com receptores cerebrais.
NOVO VIAGRA?
Pfaus tem estado sob a luz dos holofotes da ciência por ser o responsável pela descoberta de uma substância que promete ser a maior potencializadora da vida sexual de todos os tempos − o bremelanotide. Nos homens, esse peptídeo provocou ereções espontâneas e, nas mulheres, promoveu desejo e excitação sexual. Em ratos, a droga alterou o padrão de receptividade das fêmeas, que geralmente é a posição de lordose, para a busca ativa do macho, e a movimentação intensa das orelhas. Além disso, elas davam pequenos saltos e esfregavam seu focinho no do macho, demonstrando grande interesse sexual.
Assim como nas ratas, as reações de Marianne são coerentes com o efeito esperado; a diferença é que ela o fez antecipadamente, respondendo ao placebo. Não obstante, o efeito persistiu quando, mais tarde, ela ingressou no grupo que usou os adesivos de testosterona. Como diz o psicólogo Denis Waitley, “ver é acreditar, mas acreditar também é ver”. É possível, de fato, que Marianne não estivesse desprovida de testosterona e que a simples disposição de se abrir ao mundo da fantasia fosse suficiente para pôr em curso, de forma sincronizada, a máquina cerebral do desejo e da excitação.
Orgasmo ainda é um mistério para mulheres e homens, mas seja como for e com todas as diferenças entre os sexos, é uma dádiva entre os prazeres. Talvez devamos ser agradecidos por ainda não termos desvendado todos os seus mistérios. Quando o fizermos, é possível que o “brilho” jamais seja o mesmo.
Para conhecer mais
Testosterone patch increases sexual activity and desire in surgically menopausal women with hypoactive sexual desire. James Simon et al., em Disorder Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, vol. 90, no 9, págs. 5226-5233, 2005.
The science of orgasm. Barry R. Komisaruk, Carlos Beyer-Flores e Beverly Whipple. The Johns Hopkins University Press, 2006.
Brain activation during vaginocervical self-stimulation and orgasm in women with complete spinal cord injury: fMRI evidence of mediation by the vagus nerves. B. R. Komisaruk et al., em Brain Research, vol. 1024, págs. 77-88, 2004.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/explosoes_de_prazer.html
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